A Igreja ortodoxa ucraniana vive esta guerra depois de ter rompido com os laços com o Patriarcado ortodoxo de Moscovo que apoia Vladimir Putin. Por isso os ucranianos de fé ortodoxa sentem-se também alvos preferenciais dos russos.
Alguns bispos ortodoxos procuraram refúgio em caves de igrejas católicas sobretudo no leste da Ucrânia. O porta-voz dos bispos ortodoxos russos diz-me que se sente em perigo aqui na Catedral de São Miguel em Kiev. O Arcebispo Eustratius
diz ser difícil entender por que razão o Patriarca Cirilo não teve uma palavra para com os fiéis que o seguem aqui na Ucrânia.
O bispo ucraniano diz-se livre para criticar Zelensky caso seja necessário, mas todo o discurso é de apoio ao esforço nacional para derrotar os russos numa invasão que prolongou uma guerra que vem de 2014.
Em tempo de Páscoa, pergunto-lhe sobre a forma como celebram em contexto de guerra. A resposta vem em forma de pergunta.
"Acha que é possível fazer alguma celebração quando tudo está rebentado? ", diz o porta-voz dos ortodoxos ucranianos que assegura cada igreja é hoje um centro de ajuda humanitária, de oração, mas também de comunicação entre as pessoas. E, infelizmente, desabafa Eustratius, desde o início desta guerra sente-se dentro de um documentário sobre a Segunda Guerra Mundial. Tudo o que vê à sua volta já leu na infância ou viu na televisão sobre essa guerra.
Oiçam aqui a reportagem de José Pedro Frazão a partir da Ucrânia, em serviço especial para a RFI.
Fonte:da Redação e da rfi
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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