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Guerra na Ucrânia: Rússia tenta controlar Chernobyl, Lavrov ainda acredita no diálogo

Ucrânia
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Apesar da ofensiva militar em curso contra a Ucrânia, a Rússia ainda acredita no diálogo. Pelo menos a avaliar pelas palavras do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov. O chefe da Diplomacia russa afirmou em comunicado que os países ocidentais não respeitavam a lei internacional e acusou a NATO de ter um "apetite pelo planeta inteiro" e de ser "responsável pela segurança mundial".

Ainda assim, garantiu que a Rússia estava sempre "disponível para um diálogo que fizesse voltar a justiça e os princípios da Carta das Nações Unidas".

Palavras que contrastam com o ataque desferido em vários pontos da Ucrânia. A Rússia nega teimosamente qualquer invasão mas o ministério da Defesa do Reino Unido revelou que as tropas russas estacionadas na Bielorrússia estão já a caminho de Kiev.

A situação na capital ucraniana complica-se e existem relatos de que a base aérea de Antonov, a cerca de 30 quilómetros do centro da cidade, é já controlada pelas forças russas. No resto do país multiplicam-se os combates e, de acordo com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, um dos pontos mais sensíveis encontra-se em Chernobyl.

O chefe de Estado ucraniano acusa as tropas russas de estarem a tentar ocupar a central nuclear, pelo que a Europa corre o risco de sofrer uma tragédia semelhante à ocorrida em 1986.

A Ucrânia apelar aos países da União Europeia o envio para o país de sistemas de defesa militar terra-ar e antimísseis, assim como o recurso a "todos os meios" para afetar os satélites russos.

Numa lista de pedidos enviada para Bruxelas, horas antes de um decisivo Conselho Europeu, o governo de Kiev apela ainda às "restrições mais severas contra a Bielorrússia, que apoiou diretamente a invasão russa em larga escala".


O documento apela ainda ao fim das licenças de programas informáticos para uso nos equipamentos militares e civis pela Rússia e Bielorrússia; para as autoridades europeias bloquearem ou interferirem com os sistemas russos de navegação por satélite ativos sobre o Mar Negro e o Mar de Azov.

O secretário-geral da NATO considerou esta quinta-feira, em Bruxelas, que a Rússia lançou "uma guerra brutal" contra a Ucrânia e com isso "estilhaçou" apaz no continente europeu.

Pelas seis horas da manhã em Moscovo, três da manhã em Lisboa, o Presidente da Rússia ordenou uma ofensiva militar na região ucraniana do Donbass para alegadamente "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, lê-se na agência russa TASS, mas a ofensiva foi afinal mais vasta e já fez dezenas de mortes civis.

A Polónia está a preparar um comboio médico para transportar os ucranianos feridos na sequência da ofensiva russa, anunciou o ministro da Saúde Adam Niedzielski, acrescentando estarem a ser preparados 120 hospitais onde as vítimas desta invasão podem receber assistência.

Jens Stoltenberg pediu uma cimeira urgente dos líderes da NATO nesta sexta-feira. A aliança atlântica aprovou o reforço dos recursos nos países membros mais a leste, perto da Ucrânia e da Rússia e ativou o plano de defesa do bloco.

Portugal, membro fundador, integra este ano as Forças de Reação Rápida da aliança atlântica e tem um dispositivo "com uma prontidão a cinco dias" para estarem às ordens do comando, se essa for a decisão do Conselho do Atlântico Norte.

A NATO anunciou para esta sexta-feira uma nova reunião, para a qual convidou os parceiros informais Suécia e Finlândia, e ainda a União Europeia, na qual deverá decidir novos passos a dar perante a ofensiva russa.

"A Rússia atacou a Ucrânia", disse Stoltenberg. "É um ato de guerra brutal e os nossos pensamentos estão com o povo corajoso da Ucrânia," declarou o secretário-geral da Aliança, que reiterou ser de defesa e exclusiva dos membros da NATO, o que a Ucrânia não é e, por isso, o bloco apenas pode continuar a apoiar os ucranianos com equipamento e formação.

Após a reunião desta manhã com a NATO, a presidente da Comissão Europeia antecipou os impactos das novas sanções em discussão entre os "27" para agravar as jé "severas" penalizações sobre a economia russa anunciadas após a declaração de reconhecimento da independência das regiões separatistas ucranianas.

Estas sanções vão suprimir o crescimento económico da Rússia, aumentar os custos de empréstimos, agravar a inflação, intensificar a saída de capital e corroer gradualmente a base industrial do país.
Ursula von der Leyen
Presidnete da Comissão Europeia
Esta quinta-feira à noite, realiza-se um Conselho Europeu extraordinário, que se antevê quente devido por exemplo à posição da Hungria de não se opor explicitamente à decisão de Putin.

A líder da Comissão Europeia espera ver aprovada medidas que "vão enfraquecer a posição tecnológica da Rússia em áreas-chave onde a elite russa ganha a maior parte do dinheiro".

O Presidente ucraniano anunciou estar em formação uma coligação internacional contra Rússia, que acusa de ter atacado a Ucrânia "traiçoeiramente pela manhã, como os nazis alemães faziam nos ans da Segunda Grande Guerra".

"Falei com Biden (EUA), Johnson (Reino Unido), Charles Michel (Conselho Europeu), Duda (Polónia), Nauseda (Lituânia). Estamos a formar a coligação anti-Putin," afirmou Volodymyr Zelensky numa das inúmeras comunicações ao país proferidas esta quinta-feira.

O presidente da Ucrânia acrescentou ter apelado aos líderes internacionais "para que definam todas as sanções possíveis contra Putin e fomentem um apoio de defesa em grande escala".

"A partir de hoje, os nossos países estão em diferentes lados da história mundial", afirmou o Presidente da Ucrânia, acusando a Rússia de ter "embarcado num caminho diabólico" e garantiu que "a Ucrânia está a defender-se e não vai desistir da liberdade independentemente do que Moscovo pensar".

O embaixador ucraniano na Turquia pediu ao governo de Recep Tayyp Erdogan para restringir a passagem de navios de guerra russos pelo estreito do Bósforo e Dardanelos, noticiou o jornal turco Yeni Safak.

O presidente turco apelou à Rússia para retomar a via da negociação.

Os serviços fronteiriços ucranianos denunciaram esta manhã a alegada participação de soldados bielorrussos na invasão russa.

Em declarações citadas pela agência bielorrusa BeITA, Alexander Lukashenko negou a participação de soldados bielorrusos na ofensiva da Rússia em curso na Ucrânia.

O presidente da Bielorrússia, confesso aliado da Rússia e membro do CSTO, disse ainda ser necessário que a Ucrânia encontre formas de "evitar derramamento de sangue e um massacre", desejando que a situação não se torne "numa guerra de grande escala".

A ofensiva russa foi anunciada pelas 06h da manhã, mas terá começado meia hora mais cedo, revela por exemplo um enviado especial a Kiev do jornal inglês The Guardian. O ataque russo integra artilharia e equipamento pesada, apoiados por armas ligeiras, acrescenta o mesmo serviço ucraniano.

O líder da república separatista de Donetsk, Denis Pushilin, que tinha pedido apoio à Rússia para uma ofensiva de conquista de território à Ucrânia, anunciou que o quartel-general das forças armadas da Ucrânia no Donbass estava "praticamente destruído" esta manhã.

O progresso da ofensiva
Ao contrário do que anunciou Vladimir Putin, a ofensiva não se cingiu ao Donbass, mas sim a toda a linha fronteiriça ucraniana com a Rússia e a Bielorrússia, e também pela Crimeia, a sul. As mortes, os feridos e os deslocados avolumam-se.

"Estas operações estão a acontecer dentro das regiões de Lugansk, Sumy, Kharkiv, Chernihov e Zhitomir. um ataque estará já também em curso a partir dos territórios temporariamente ocupados da República Autónoma da Crimeia", afirmou a Guarda Fronteiriça Ucraniana.

Há relatos de explosões em Mariupol, Odessa e Kharkiv. Em Kiev, desde bem cedo que se ouve o som de explosões. As forças armadas russas afirmam ter destruído os sistemas de defesa aérea e ter neutralizado bases aéreas da Ucrânia, numa aparente tentativa de cortar a defesa militar e o acesso ao Mar Negro.

A Ucrânia noticiou o bombardeamento russo de um hospital na região de Donetsk, provocando a morte de pelo menos quatro pessoas e deixando ainda uma dezena de feridos. Por volta das 13h45, hora de Lisboa, as forças ucranianas contabilizaram pelo menos 203 ataques russos desde o início da ofensiva, dez horas antes.

O Estado Maior das Forças Armadas ucranianas revelou estarem curso ataques contra os aeródromos de várias cidades desde as cinco horas da manhã (menos três horas em Lisboa), mas que "as forças de defesa estão em total alerta e a manter as posições defensivas". "A situação está sob controlo", garantia o EMFAU.

O Serviço de Emergência da Ucrânia anunciou a explosão de uma torre de televisão na cidade Lutsk, no ocidente do país, já perto da fronteira com a Polónia, um estado membro da NATO.

As operações em 12 aeroportos no sul da Rússia foram suspensas temporariamente, informou a Agência Federal Russa dos Transportes Aéreos. Uma medida justificada pelo organismo com "a complicada situação em torno da Ucrânia".

Do outro lado, a Ucrânia fechou o espaço aéreo "devido ao alto risco para a segurança da aviação civil", informou o regulador aéreo ucraniano, e o sistema energético mantém-se operacional.

"O sistema de energia ucraniano está desligado dos sistemas da Rússia e da Bielorrússia. Todas as instalações da rede operam sob segurança reforçada", informou a Ukrenergo, a empresa de energia da Ucrânia.

O último relatório da equipa de observadores da Organização para a Cooperação e Segurança na Europa, difundido esta quarta-feira, dá conta do bloqueio imposto por homens armados afetos às repúblicas separatistas, apoiados por soldados com uniformes russos, de que pudessem realizar as missões de observação em áreas da zona reclamada pelos rebeldes.

 

 

 

 

 

Fonte:da Redação e da euronews
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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