O aumento da produção de ovos, frango, carne caprina e suína para reforçar a dieta alimentar das famílias, visando o alcance da auto-suficiência de bens de primeira necessidade e a redução da importação destes produtos, é um dos principais desafios do
sector agro-pecuário.
De acordo com o ministro da Agricultura e Florestas, Marcos Nhunga, para alcançar este desiderato, no curto, médio e longo prazo, o sector agrícola deve elevar os níveis de produção do milho e da soja para nutrir os animais que vão gerar alimentos saudáveis às famílias.
Falando hoje à imprensa, em Luanda, após a abertura das XXI Jornadas Técnico-Científicas da Fundação Eduardo dos Santos (FESA), referiu que o aumento da produção destes bens vai contribuir para erradicação e combate da fome e pobreza no país, centrando-se na criação de mais matadouros e repovoamento de gado em Angola.
Disse que o sector agrícola está a traçar estratégias conjuntas com os ministérios do Comércio e da Construção e Obras Públicas para se viabilizar as vias secundárias e terciárias para escoar a produção do meio rural para as cidades.
Apontou, por outro lado, que a produção de sementes melhoradas e fertilizantes, bem como a criação de linhas de montagem de tractores e sistemas de irrigação são factores que concorrem para a diminuição dos preços dos produtos nacionais.
Acrescentou que sem diminuir a estrutura de custos da agro-pecuária dificilmente os produtos locais se tornarão competitivos no mercado nacional e internacional.
Ao proceder a abertura das jornadas científicas da FESA, o ministro da Economia e Planeamento, Pedro Luís da Fonseca, destacou o capital humano como factor decisivo no desenvolvimento socioeconómico do país, pois é com este recurso que Angola pode modernizar e ombrear com as economias mais dinâmicas de África.
Referiu que as questões relacionadas com a produtividade, competitividade e o capital humano estão no centro das novas estratégias de desenvolvimento, por serem essenciais para tornar estáveis e sustentáveis as transformações estruturais.
Lembrou que o Governo elaborou e continua a produzir vários documentos para dotar o país de políticas de desenvolvimento económico e social, tendentes a retomar as trajectórias de crescimento e melhorar as condições de vida das populações.
As XXI Jornadas Técnico-Científicas da FESA decorrem de 24 a 27 deste mês, na Escola Nacional de Administração (ENAD), em Luanda, sob o lema "Angola face à actual ordem económico-financeira mundial".
Temas como "A tese da estabilidade dos sistemas financeiros como condição para o desenvolvimento", "Boa governação e crescimento económico na África subsariana", "A economia angolana na actualidade", "O sistema financeiro angolano e os desafios para a sua adequação às normas financeiras internacionais", "Dilemas do empresariado numa economia dependente de importações", "Desenvolvimento e erradicação da pobreza em Angola", entre outros, dominarão o encontro de especialistas.
O evento realiza-se no âmbito dos 21 anos da institucionalização e do 75º aniversário do patrono, José Eduardo dos Santos, assinalado a 28 de Agosto de 2017.
Além de Angola, as sessões de trabalho contam com prelectores do Ghana, Portugal, Brasil, Espanha, Argentina, Chile, União Europeia, Estados Unidos de América, Índia, China, entre outros convidados, que em três painéis e 15 temas vão reflectir em torno da situação macroeconómica e financeira nacional e mundial.
Há 21 anos que a FESA realiza as jornadas técnico-científicas de forma consecutiva, o que tem permitido reflexões e debates sobre temas da actualidade de interesse nacional.
Em 2016, no Palácio dos Congressos, analisou-se a “Experiência de Angola nos processos de reconciliação nacional, reconstrução e reinserção social".
Fonte:da Redação e Por angonoticias.com
Reditado para:Noticias do Stop 2017
