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Mais guerrilheiros da Renamo abandonam as matas de Sofala

Mais guerrilheiros da Renamo abandonam as matas de Sofala

Sofala
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MAIS onze guerrilheiros da Renamo, dez sargentos e um alferes, provenientes de Sofala, entregaram-se há dias às autoridades governamentais, de forma voluntária, para a sua integração nas Forças de Defesa e Segurança, no âmbito do Acordo de Cessação

das Hostilidades Militares assinado em 2014.

Trata-se do alferes António Júnior Sousa e dos sargentos Abibo Jussa Machaze, Albino Joaquim Custumado, Bill William Sande, Carlitos José Bruno, Elias Issu Tembo, Esmael Cheia, Januário Caetano, Ramos Manuel António, Ricardo Pedro Pita, Paulino António Paulino e Zinho Luís Mriano, cujas idades variam entre 20 e 34 anos.

À excepção do alferes António Sousa, que escolheu beneficiar do Fundo da Paz e Reconciliação Nacional para desenvolver um projecto comercial de geração de renda para a sua sobrevivência, os restantes querem ser integrados nas Forças de Defesa e Segurança, com destaque para a Polícia da República de Moçambique. Aliás, disseram que não mais querem ouvir falar de guerra, depois de terem servido, durante anos, a Renamo, alguns dos quais raptados em idade infantil.

De 43 anos de idade, o alferes António Júnior Sousa é o mais experiente de todos os elementos do grupo em termos de participação em frentes de combate. Entrou para a Renamo em 1983 e disse ter treinado em Mondjo/Condedze, na província de Sofala, onde operou durante anos.

Referiu que após muitos anos de vivência na base foi acometido por uma doença que lhe obrigou a ir para a sua terra natal, Dondo, onde recebeu tratamento e decidiu não mais voltar à base.

Disse ter ouvido falar da assinatura do Acordo de Cessação das Hostilidades entre o Governo e a Renamo e depois de ter constatado que o Executivo havia criado um programa de apoio aos desmobilizados de guerra e dos guerrilheiros da Renamo que se entregassem voluntariamente com a respectiva arma Júnior acabou por se entregar às autoridades governamentais, depois de permanecer cerca de dois anos em casa, onde se encontrava com a família. 

Entretanto, os restantes elementos do grupo apresentado ontem foram recrutados pela Renamo em 2013 nas cidades da Beira e Dondo e treinados na base de Xicuacha, localizada no posto administrativo de Savage, em Sofala.

Nenhum destes afirma ter participado directamente em operações militares mas alguns referiram que tiveram uma participação indirecta, uma vez que apesar de terem estado na base tomaram conhecimento de alguns assaltos perpetrados pela Renamo em alguns pontos da província de Sofala.

“Por exemplo, lembro-me do assalto a um posto de saúde localizado no povoado de Tica”, afirmou Paulino António Paulino.

EX-GUERRILHEIROS RECEBEM APOIO DO FUNDO DA PAZ

 

Ainda ontem 32 ex-guerrilheiros da Renamo receberam apoio monetário disponibilizado pelo Governo através do Fundo da Paz e Reconciliação Nacional, para além dos respectivos cartões de identificação, que confirmam o seu estatuto de combatentes para a paz e democracia.

O apoio, no valor de 50 mil meticais para cada um, vai servir para ajudar os beneficiários a desenvolverem actividades comercial e agrícola nos locais que estes forem escolher para viver.

Assim, foram contemplados por este apoio Agostinho Paraquela, Alberto Manejo, Alface Máquina, Armando Lopes Augusto, Armando dos Santos Pinto, Armindo Fombe, Bernardo Gasolina, Chico Estevão, Dias Malipe, Domingos Silva, Eusébio Muriorio, Fátima Mavu, João Empura, João Marrou e Jorge Npindangue.

Fazem também parte deste grupo Jorge Matarala, José Micajo, Julieta Alberto, Julio Correia, Levi João, Luísa Fernando, Manuel Quembo, Manuel Bernardo, Mário Rapoio, Mário Omar, Mateus Rocha, Muandinhosa Sozinho, Pita Alberto, Tomás Rambique, Tomé Jaonata e Zefanias Cinco Reis.    

Os cartões de combatente recebidos por estes ex-guerrilheiros foram criados ao abrigo da Lei do Estatuto do Combatente e dão ao seu portador várias regalias em termos de assistência social, pois reconhecem o papel deste na defesa da pátria, soberania nacional e luta pela democracia.

 

 

 

Fornecido por: Da jornalnoticias.co.mz 2015 ( STOP)

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