Mali: Junta militar suspende sinal da RFI e da France 24

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Uma fuga para a frente, segundo a porta-voz da Comissão europeia, Nabila Massrali, por parte da junta militar do Mali.

A União Europeia lamenta as acusações sem fundamento das autoridades de Bamaco, uma atitude que considerou como inaceitável.

Já a France Médias Monde, holding que engloba tanto esta estação emissora, a RFI, como o canal televisivo France 24, lamenta a suspensão do sinal dos dois meios e rejeita as acusações que poriam em causa o profissionalismo das suas antenas.

Em causa a difusão de testemunhos a 14 e 15 de Março denunciando abusos perpetrados pelo exército maliano e pelo grupo para-militar russo Wagner.

O sinal por ora ainda não teria sido interrompido.

Um comunicado do porta-voz da junta militar, coronel Abdoulaye Maiga proibiu também que fossem retomados esses trabalhos por parte de outros órgãos de informação.

O texto advoga que o comportamento da RFI e da France 24 lembra, num passado recente, as práticas da "Rádio Mil Colinas" que teria encorajado no Ruanda o genocídio de 1994.

A ONG Repórteres sem fronteiras (RSF) condenou "firmemente" a suspensão dos dois meios de comunicação que, segundo ele, só contribuiriam a reforçar o isolamento do país.

O Mali lamentou também um relatório da organização não governamental Human Rights Watch (HRW) de 15 de Março denunciando uma "vaga de execuções de civis" e saques perpetrados pelo exército maliano e por extremistas islâmicos no centro e sudoeste do país. O documento fazia referência a "pelo menos 107 mortos civis" desde Dezembro.

Os militares tomaram o poder no Mali em 2020, novo golpe de Estado ocorreu em Maio de 2021. Apesar de sanções por parte da comunidade regional, a CEDEAO, os golpistas não equacionam deixar o poder antes de vários anos.

A França e aliados decidiram abandonar o país, anúncio feito pelo presidente Emmanuel Macron a 17 de Fevereiro. Até então Paris tinha no terreno 2 400 homens no âmbito da operação anti-terrorista Barkhane.

 

 

 

 

 

 

 

 


Fonte:da Redação e da rfi
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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