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Professores do sul de Moçambique foram transferidos compulsivamente após realizarem protesto. Autoridades da Educação em Inhambane negam comentar o assunto.
Mais de 70 professores foram transferidos em três escolas secundárias no distrito de Inharrime, no sul de Moçambique. Os docentes confirmam que foram enviados
compulsivamente para outras escolas primárias do ensino básico, sem justa causa.
Quando procuraram saber quais as causas das movimentações de um número tão elevado de docentes, os professores obtiveram como resposta que a decisão visa dar uma nova dinâmica ao sector da educação. Dizem que este é o resultado de se terem manifestado para exigir o pagamento de horas extraordinárias e do décimo terceiro salário, que culminou com a não correção dos exames finais em 2024.
Momad Hussen é um dos professores que foi transferido de uma escola secundária na vila de Inharrime para uma escola primária na zona rural. "Transferiram-me de facto, saí de Nhacoongo para ‘4 de Outubro', porque eles dizem é muito mais para responder à demanda das escolas básicas”, explica, surpreso em relação à decisão que abrange 21 professores. "Foi uma surpresa, porque foi uma transferência compulsiva e ninguém esperava", adianta.
Jurcelino Nhapossa, outro professor transferido compulsivamente, disse à DW que considera estranha a atitude do setor da educação. "É uma atitude meio inexplicável. Aquilo pode ter sido a reação que houve dos professores ao reclamarem os seus direitos por não receberem horas extras. Alguns pautaram por não controlar e corrigir exames”, explica o docente. "Nós percebemos que [isso] devia estar associado àquilo porque estas transferências massivas não faziam sentido", acrescenta Nhapossa.
Para a Associação Nacional dos Professores (ANAPRO) trata-se de uma "caça às bruxas”. Osvaldo Rungo, secretário provincial da referida associação em Inhambane, revela que não foram avisados sobre as transferências compulsivas e que só souberam da informação por intermédio dos professores visados.
Moçambique - Associação de professores (ANAPRO) critica Governo por falta de pagamento de horas extrasMoçambique - Associação de professores (ANAPRO) critica Governo por falta de pagamento de horas extras
A Associação Nacional dos Professores (ANAPRO) considera trata-se de uma “caça às bruxas”Foto: Romeu da Silva/DW
"Apenas tivemos conhecimento a partir dos próprios professores ora por serem transferidos”, revela. "Segundo as instituições competentes, eles alegavam que era uma simples movimentação de quadros. Só que, sendo algo raro ligado àquele número dos professores, nós vimos que tinha relação com a questão das greves que os professores efetuaram no âmbito do pagamento das horas extras e do décimo terceiro salário”, admite Rungo.
O secretário da ANAPRO em Inhambane dá a conhecer que contactou o Ministério da Educação porque não é normal haver tantas transferências dentro de uma escola logo no início do ano letivo escolar, mas ainda não obteve resposta.
"Não é normal. É por isso que, como ANAPRO, recorremos ao próprio Ministério para averiguarmos esta situação e o próprio Ministério prometeu se pronunciar o mais breve possível", explica.
A DW fez um pedido por escrito de audiência ao diretor provincial de Educação para perceber a situação de transferência de mais de 70 professores em apenas três escolas, mas até ao momento não tivemos resposta. As autoridades da Educação em Inhambane negam comentar o assunto.
Fonte:da Redação e da dw
Reeditado para:Noticias do Stop 2025
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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