São Tomé e Príncipe: um país de rendimento médio em 2024

São Tomé e Príncipe
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Patrice Trovoada, primeiro-ministro são-tomense, acredita na integração do país na categoria dos países com rendimento médio:

“Eu estou convencido que, embora as nossas dificuldades, nós estamos em muito melhor condição que outros países menos avançados para realmente fazermos a transição, é preciso realmente que os são-tomenses se apropriem de facto de São Tomé e Príncipe, tenham aquela auto-estima, aquele orgulho não só de ser são-tomense, mas de deixarmos de ser, um dia, país menos desenvolvido. Nós não podemos também estarmos a lamentar sempre que somos pobres e temos que estender as mãos. Temos é que trabalhar, temos é que acreditar, temos é que ser muito mais unidos e eu acredito que em Dezembro de 2024, se nós fixarmos esta meta, estaremos em condições de sermos admissíveis a país de renda média”, afirmou o primeiro-ministro são-tomense.

No entanto há vários entraves para isso acontecer como por exemplo a dívida energética de cerca de 250 milhões de euros à angolana Enco pela Empresa de Água e Electricidade de São Tomé e Príncipe: “O facto mais importante da nossa dívida é sobretudo a energia. Só essa representa quase 100% do PIB. Isso é um facto estrutural”, reforçou Patrice Trovoada.

O primeiro-ministro são-tomense, que esteve em Doha, assegurou que reformas e reestruturações são necessários em vários sectores: “Com um país tão fértil não se pode pensar que não é possível atingir a segurança alimentar. Temos que melhorar a ligação com o continente. Estamos sempre a falar que temos um mercado de 400 milhões de consumidores tão perto, é uma realidade. Temos que olhar para os nossos vizinhos, e buscar soluções a nível regional. Até hoje, para além das licenças de pescas, nós não temos sequer uma política de pesca pelo menos semi-industrial, e essa questão da industrialização progressiva é fundamental”, assegurou o Primeiro-ministro.

 


Patrice Trovoada, primeiro-ministro são-tomense 07-03-2023

Ajuda do FMI

O Fundo Monetário Internacional anunciou na semana passada que vai manter "conversações virtuais sobre o pacote de políticas adequadas" para ajudar São Tomé e Príncipe.

De notar que o primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada admitiu que os acordos financeiros alcançados com os doadores internacionais deveriam facilitar um novo acordo com o FMI: “Algumas medidas são difíceis, mas se não fizermos reformas, ficam definitivamente piores; é preciso ter coragem, é preciso atender aos sectores mais sensíveis e desfavorecidos, e é isso que temos feito. Agravámos algumas taxas, vamos evoluir para introduzir o IVA, mas também tomámos medidas para as camadas desfavorecidas, por isso vamos perder alguns recursos ao nível do Estado devido às medidas de protecção social, mas com as reformas e o relançamento da economia sairemos todos a ganhar”, concluiu Patrice Trovoada, numa conferência em Lisboa no fim do mês de Fevereiro.

 

 


Fonte:da Redação e da rfi
Reeditado para:Noticias do Stop 2023
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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