O director-geral do INAGBE, Milton Chivela, admitiu que não tem sido fácil colocar o subsídio atempadamente à disposição dos bolseiros que estão no exterior, mas garante que têm-no feito. Tanto é que os pagamentos estavam salvaguardados até ao mês de Agosto em todos os países onde estão os bolseiros, com excepção da Rússia devido à guerra entre Rússia e Ucrânia. O programa tem 44 estudantes na Rússia, dos quais 15 estão a fazer o curso de mestrado e doutoramento e 29 o curso de licenciatura. Na 4.ª edição do programa, o INAGBE tinha três estudantes na Ucrânia, mas estes já terminaram a formação.
Para salvaguardar os pagamentos dos subsídios aos estudantes no exterior, o INAGBE teve de reduzir de 700 milhões USD para 30 milhões USD desde o mês de Junho as amortizações efectuadas mensalmente a Cuba. "Como não podemos penalizar a formação dos estudantes, tivemos de arranjar essa medida para dar continuidade.
No entanto, já escrevemos para o Ministério das Finanças no sentido de solicitar os aumentos mensais para honrarmos os nossos compromissos. Se a situação continuar, negociaremos com a outra parte", explica o director do instituto. Recorde-se que Angola e Cuba têm uma cooperação no sector da educação e saúde que já vem desde a independência. No entanto, dentro desta cooperação, o País paga 18 mil USD por ano ao governo cubano por cada um dos estudantes, além de um milhão USD em seguros de saúde (para todos), e 500 USD mensais de complemento para cada angolano como subsídio.
Na altura do lançamento do programa, em 2019, o projecto estava avaliado num total de 36 milhões USD. Ou seja, custava cerca de 11 mil milhões Kz anuais, a que se soma mais um milhão USD. O primeiro valor destina-se ao pagamento de propinas e de subsídios para subsistência dos estudantes nos países de acolhimento, no entanto, com as variações cambiais, obviamente, que este valor carece de algumas revisões.
O programa deveria ser executado apenas durante a primeira legislatura de João Lourenço. Mas foi prorrogado, porque o Executivo saído das quintas eleições gerais, realizadas no dia 24 de Agosto de 2022, resolveu continuar a apoiar a implementação do programa. Na primeira edição do programa, em 2019, o instituto enviou 68 candidatos para o exterior. No ano seguinte, o número subiu para 117 estudantes, depois para 250, no quarto ano de implementação, foi atingido o objectivo de atribuir 300 bolsas de estudo para estudantes que frequentam as melhores universidades do mundo.
Contudo, nesta quinta edição, o director do instituto já avançou que não se atingiu a quota, não por falta de candidaturas, mas de candidaturas que correspondam aos requisitos. "Ainda não temos como avançar o número actual, porque carece de homologação da ministra, mas posso dizer que não atingimos a quota por inúmeras razões", afirmou o director do INAGBE ao Expansão.
Quanto às bolsas internas, o director do Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo, Milton Chivela, explicou que estão a ser concluídos os pagamentos das bolsas do ano lectivo passado com uma ou outra reclamação de estudantes que não receberam o subsídio num ou noutro mês.
Fonte:da Redação e da angonoticias
Reeditado para:Noticias do Stop 2023
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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