"Cheguei aqui às 7h45, mas estamos a caminho das 11 horas e não estamos a conseguir transporte", afirmou Domingos Isaías em declarações à DW África.
Os taxistas do Huambo paralisaram as atividades antes mesmo da greve prevista para a próxima semana, em sete províncias - Luanda, Benguela, Huíla, Cuanza Sul, Uíge, Bengo e Lunda Norte.
Os profissionais queixam-se das medidas do decreto presidencial sobre o estado de calamidade pública, por causa da Covid-19. Uma das restrições é a lotação máxima de até 50% da capacidade de transporte do veículo. Os taxistas dizem que, assim, não conseguem pagar as despesas.
"As pessoas estão a viver num tempo em que tudo está difícil", diz o taxista Manuel Fernando. "Se você levar três passageiros, a 150 kwanzas (0,25 euros), temos apenas uma receita de 450 kwanzas. Agora, vai à praça perguntar o preço do quilo de fuba! Eles deram este decreto, mas não pensam nas nossas barrigas, nos nossos filhos", lamenta.
À espera de solução
Em comunicado, a Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA) diz que as medidas do decreto presidencial violam os "direitos económicos e sociais" destes profissionais e "discriminam" entre táxis e autocarros.
As principais associações de táxi do país - a ANATA, a Associação dos Taxistas de Angola (ATA) e a Associação dos Taxistas de Luanda (ATL) - exigem também a introdução de uma carteira profissional e melhores estradas.
Esta quinta-feira de manhã, o Governo e a polícia do Huambo encontraram-se com a associação provincial dos taxistas para esclarecer a situação.
Mas o taxista Manuel Fernando diz que está cansado de reuniões: "Se não houver uma solução, podemos fazer greve durante uma semana. Se houver solução amanhã, podemos trabalhar."
Fonte:da Redação e da dw.com
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
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