Universidade Lomonosov de Moscou.
"Trata-se de um sistema mais do que misterioso, já que vemos um eclipse total. Significa que o corpo que ofusca a estrela é um gigante", explicou o professor da Lomonosov, Vladimir Lipunov, citado pela agência russa "TASS".
O gigante não parece um dos anéis de fragmentos que costumam girar ao redor dos astros, "nem pode ser outra estrela", acrescentou o cientista.
"Se a luminosidade de uma estrela acompanhante fosse cem vezes inferior", argumentou Lipunov, "se trataria de uma estrela de massa reduzida. Mas uma estrela assim não poderia ter um tamanho superior a de sua acompanhante de maior massa".
Ao mesmo tempo, se a estrela acompanhante fosse menor que a principal, não poderia ofuscá-la.
Após a descoberta de que a estrela TYC 2505-672-1 reduz sua luminosidade, os cientistas comprovaram que o fenômeno já foi observado entre os anos de 1942 e 1945.
O período de variabilidade dessa estrela - classificada como variável por experimentar mudanças periódicas em seu brilho - é de 69 anos, o maior dos observados até agora.
Até essa descoberta, o astro com o maior intervalo de ofuscamento, de 27 anos, era Almaaz, na constelação de Auriga.
"O que liga essas duas estrelas é que nos dois casos não se tem a mínima ideia de por que mudam de brilho", concluiu Lipunov
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