combater notícias falsas e discurso de ódio.
Parlamentares alemães estão planejando uma legislação este ano para forçar o Facebook a remover as incitações a crimes de ódio de suas páginas da web em 24 horas ou enfrentar multas, um movimento que poderia forçar o gigante das mídias sociais a ter mais responsabilidade pelo conteúdo publicado pelos usuários.
A chanceler Angela Merkel, que está concorrendo para um quarto mandato este ano, alertou que a internet não é “um espaço livre da lei”.
A diretora de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, visitou Berlim no domingo para se reunir com autoridades do governo alemão considerando novas regulamentações no Facebook, de acordo com uma fonte em Berlim de uma empresa de internet rival.
Em uma entrevista ao jornal alemão Bild, publicado na terça-feira, Sandberg disse que o Facebook não poderia lidar sozinho com o discurso de ódio e notícias falsas publicadas na rede, mas que tinha que trabalhar com terceiros.
“Nós não queremos decidir qual é a verdade, e eu não acredito que alguém queira que façamos isso”, disse Sandberg, o segundo nome mais poderoso do Facebook depois do fundador e presidente-executivo, Mark Zuckerberg.
“Quando dizemos que não podemos assumir a responsabilidade por nós mesmos, isso não significa que não queremos assumir nenhuma responsabilidade.”
A questão ganhou mais urgência em meio à preocupação do establishment político alemão de que a proliferação de notícias falsas e conteúdo racista, particularmente sobre os 900 mil refugiados que chegaram ao país no ano passado, possam influenciar a opinião pública na campanha eleitoral.
Dan Rose, que está encarregado de parcerias para o Facebook, reconheceu na segunda-feira que a empresa não era mais uma simples plataforma de comunicações.
“Não há dúvida de que desempenhamos um papel importante no cenário midiático”, disse Rose na conferência de tecnologia DLD em Munique. “Há pessoas que estão descobrindo suas notícias e consumindo seus vídeos e outros tipos de mídia no Facebook… Nós levamos esse papel a sério.”
Fonte:Reuters
Reditado para:Noticias do Stop 2016
Fotografias:Getty Images/Reuters/EFE/AFP