
Os três países reportaram aproximadamente 1.3 milhões de casos na região transfronteiriça de MOSASWA em 2014.
A população agregada em risco em toda a região é de 11,7 milhões, sendo 5,9 milhões em Moçambique, 5.6 na África do Sul e 0,3 milhões na Suazilândia.
Devido à frequente movimentação de pessoas nas fronteiras por razões económicas e sociais, os casos de malária nestes países estão a conhecer um aumento significativo na transmissão.
Estima-se que em 2014, 40 a 50% dos casos de malária tenham sido importados para as zonas de baixa transmissão na região de MOSASWA.
Cada um dos países parceiros está empenhado em intervenções agressivas de controlo e eliminação, com o objectivo comum de atingir uma eventual eliminação da malária.
Contudo, a dinâmica de transmissão da malária nestes países está extremamente conectada e é interdependente, estando inteiramente ligada aos movimentos populacionais e a ecologia da malária.
As fronteiras ligam os países parceiros e as suas economias, povos e culturas, daí que seja do maior interesse colectivo que se operacionalize a colaboração transfronteiriça de modo a reduzir-se o impacto e a incidência da malária a nível local e transnacionalmente.
O impacto regional do declínio na transmissão da malária representa uma oportunidade para o crescimento económico e para o investimento estrangeiro, para o aumento do turismo e para a redução da pressão no serviços de saúde.
Os Programas Nacionais de Controlo da Malária, NMCP, nos países parceiros determinou que seja necessária uma colaboração transfronteiriça efectiva para abordar as barreiras na melhoria do controlo e eliminação da malária que se estende para além dos limites do que cada Estado, individualmente, declara e pode sozinho mitigar.
No passado, através da LSDI, os países parceiros tiveram uma colaboração transfronteiriça bem sucedida na implementação de estratégias contra a malária. Em resultado disso, a incidência da malária teve um declínio em cada um dos três países, os quais capacitar e especializar os recursos humanos, foram estabelecidas com sucesso as parcerias público-privadas.
Os Países Parceiros já assumiram o compromisso e estão em alinhamento a favor da redução da malária na região e, de modo coordenado, harmonizado, eficiente e integrado, na sua qualidade de membros da SADC, nos termos previstos nas respectivas políticas, como Protocolo da SADC sobre a Saúde, 1999; Estratégia da SADC de Eliminação da Malária,2007.
Representantes dos três países parceiros revisitaram, esta segunda-feira em Maputo, as lições aprendidas a partir do LSDI e traçaram objectivos para a sustentabilidade dos ganhos extraídos da iniciativa.
Este processo culminou com o nascimento da Iniciativa Transfronteiriça Contra a Malária - Moçambique, África do Sul e Suazilândia, MOSASWA.
O objectivo primário desta iniciativa consiste em trabalhar em estreita colaboração de modo a acelerar a transição da fase de pré-eliminação para a da eliminação da malária na Suazilândia e na África do Sul e para acelerar a partir do controlo até à pré-eliminação na região sul de Moçambique. (stop-RM)
