Falando durante a cerimónia de abertura da reunião do Comité de Auditoria de Mortes Maternas e Neonatais e Perinatais, Iolanda Cintura explicou que os dados representam uma queda de 66 por cento, comparativamente ao ano de 2015.
“Em 2016 tivemos o registo de 81 casos de mortes maternas contra 122 do ano 2015”, disse a governadora.
Explicou que alguns óbitos têm como origem hemorragias durante o parto e, em outros casos devido a chegada tardia aos centros de saúde.
Sobre a redução considerável do número de óbitos, Cintura disse que é fruto das actividades realizadas durante o ano passado.
“Contribuíram, para esta redução, a expansão da rede sanitária no que tange às maternidades para os distritos de Ka Tembe, no Centro de Saúde de Chamissava, Ka Mubukwane, Centro de Saúde de Magoanine, e Ka Maxakeni, Hospital Geral Polana Caniço”, explicou.
Referiu que a alocação de ambulâncias e reabilitação da enfermaria da maternidade no Hospital Geral José Macamo são outras acções que também contribuíram para a redução de mortes.
Neste processo, o governo da cidade tem contando com o envolvimento de toda comunidade, desde chefes de quarteirões dos bairros, assim como o apoio dos cidadãos, através da doação de sangue.
“Apesar de avanços registados em 2016, sentimos que ainda temos grandes desafios e uma longa caminhada para o cumprimento de metas do programa quinquenal de 2015 2019 e objectivos de desenvolvimento sustentável”, reconheceu.
Nos distritos de Ka Tembe e Ka Nyaka foram formadas 39 parteiras tradicionais que deverão tentar estancar a hemorragia pós-parto e sensibilizar as mulheres grávidas a se deslocarem aos centros de saúde para realizarem parto.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o rácio de mortalidade materna e neonatal em Moçambique continua elevado, atingindo 489 mulheres por cada 100 mil grávidas e 30 crianças por cada 1.000 nados vivos.
Fonte:RM
Reditado para:Noticias do Stop 2017