O executivo reagia à preocupação dos transportadores malawianos acerca da eminente escassez de combustível devido à tensão político-militar em Moçambique.
Alguns transportadores dizem que têm medo de enviar os seus camiões para o Porto da Beira ou de autorizar o seu regresso por causa da insegurança na Estrada Nacional número sete (EN7).
No entanto, a Autoridade Reguladora da Energia, tutelada pelo governo, desdramatizou os receios dos transportadores, afirmando que o país tem reservas de combustível, para além de que as rotas de Nacala e Dar-es Salaam estão em funcionamento.
O medo dos transportadores locais resulta dos ataques dos homens armados da Renamo que já incendiaram cinco camiões malawianos dos quais três carregados de combustível.
Os camiões vinham da Beira para Malawi.
A associação dos transportadores malawianos diz que apesar da escolta militar introduzida pelo governo de Moçambique para cada 200 camiões, possivelmente os homens armados da Renamo podem emboscar a coluna.
Os transportadores malawianos alegam que o arranjo que foi feito no sentido de escoltar 200 camiões de cada vez, está a causar grandes transtornos porque os motoristas são obrigados a esperar pelos outros para carregar no Porto da Beira, e isso acaba afectando o negócio.
Malawi importa cerca de sessenta e cinco por cento das suas necessidades em combustível a partir do Porto da Beira, enquanto os Portos de Nacala e Dar- es-Salaam garantem o remanescente.
A porta-voz do Ministério malawiano dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional, Rejoice Shumba disse que o governo vai emitir um comunicado sobre as acções em curso entre os dois países.
Malawi fez saber que até agora sofreu prejuízos estimados em 70 milhões de kwachas, aproximadamente 98 mil dólares nos três camiões de combustível incendiados pelos homens armados da Renamo.
Fonte:Rm.co.mz
Reditado por:Noticias Stop 2016