O pacto sela a reconciliação entre os dois países após seis anos de tensões, causadas pelo ataque israelense à pequena Frota de Gaza, no qual morreram 10 ativistas turcos
O texto será assinado na terça-feira pelo subsecretário das Relações Exteriores turco, Feridun Sinirlioglu, atualmente reunido em Roma com a delegação israelense, e depois será aprovado pelo parlamento, sendo que os embaixadores poderão retomar sua atividade, anunciou Yildirim.
Esta troca de embaixadores poderá acontecer "dentro de semanas", precisou.
O líder turco lembrou que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já se desculpou pelo ataque em 2013 e confirmou que Israel pagará uma quantidade total de US$ 20 milhões como compensação às famílias de vítimas do ataque.
Cumpridas essas duas condições impostas pela Turquia, o que mais atrasou o acordo foi pactuar a terceira, o levantamento do bloqueio israelense a Gaza, finalmente resolvida mediante uma flexibilização que permite à Turquia enviar ajuda humanitária e construir infraestruturas na Faixa.
Nesta mesma sexta-feira sairá da Turquia uma embarcação com 10 mil toneladas de ajuda humanitária, coordenada pela "Afad", a agência turca governamental de emergências, que desembarcará sua carga no porto israelense de Ashdod, anunciou Yildirim.
Além disso, em breve será completada a construção de um hospital de 200 camas em Gaza e serão iniciados projetos de moradia pública e a criação de uma zona industrial em Jenin, na Cisjordânia.
O primeiro-ministro ressaltou que, em todo caso, a Turquia seguirá defendendo o direito dos palestinos a estabelecer um Estado próprio.
"Já falamos com as famílias; se for necessário voltaremos a falar", indicou, em aparente referência a um comunicado da ONG turca IHH, organizadora da pequena Frota de 2010, que criticou o acordo, lamentando que pretende pôr fim ao julgamento em Istambul contra os altos cargos israelenses responsáveis pelo ataque.
Yildirim não confirmou e nem desmentiu este extremo e se limitou a repetir que falará com as famílias.
Rejeitou também quer que a ajuda humanitária enviada ao porto de Ashdod equivalha a "reconhecer o embargo" e insistiu que trata-se de uma "tragédia humanitária" na qual Turquia se propõe "ajudar as pessoas, sem se importar com o que os outros dizem".
O primeiro-ministro ressaltou que, em todo caso, a Turquia seguirá defendendo o direito dos palestinos a estabelecer um Estado próprio.
Fonte:REUTERS
Reditado por:Noticias Stop 2016
Fotografias:Getty Images
Tópicos:Diplomacia, Israel, Turquia, Ásia, Europa