O governo dos Estados Unidos consideraria "um ato de provocação e desestabilizador" a eventual instalação por parte da China de uma Zona Aérea de Defesa e Identificação sobre áreas do Mar da China, disse Kerry.
"Isto elevaria a tensão de forma automática", completou o secretário de Estado em uma entrevista coletiva na capital da Mongólia.
"É crucial que nenhum país adote medidas unilaterais para militarizar a região", concluiu Kerry, que na segunda-feira iniciará uma visita de dois dias a China.
A China reivindica a quase totalidade do Mar da China meridional, onde o país realiza obras ao redor de pequenas ilhas, o que gera a inquietação de vizinhos como Vietnã, Filipinas, Brunei e Malásia.
Pequim exige que sejam considerados como suas águas territoriais e seu espaço aéreo a zona de 12 milhas ao redor das construções no arquipélago das Spratleys, chamadas de ilhas Nansha pela China.
Pequim e Washington têm divergências na questão, pois o governo americano afirma que a liberdade de navegação prevalece nestas águas estratégicas, importante para o transporte de mercadorias e por seu potencial de combustíveis.
No sábado, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, advertiu Pequim contra um risco de "isolamento", caso o país prossiga com as operações no Mar da China meridional.
"As ações da China no Mar da China meridional a isolam, em um momento no qual o conjunto da região se aproxima e colabora", afirmou o chefe do Pentágono durante uma reunião de ministros da Defensa da região Ásia-Pacífico em Cingapura.
Durante a mesma reunião, o almirante chinês Sun Jianguo respondeu neste domingo e acusou Washington de provocações. Também afirmou que "os países externos à região deveriam desempenhar um papel construtivo e não o inverso. O tema do Mar da China meridional se envenena por causa das provocações de certos países que respondem a seus interesses egoístas".
Fonte:AFP
Reditado por: Stop Noticias 2016
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