O documento, elaborado pelo comitê de Política Externa da Câmara dos Comuns, revelou a preocupação das administrações de ambos os territórios por uma possível perda de proteção caso os britânicos optem por abandonar a UE no referendo do dia 23 de junho.
"No caso de Gibraltar, a experiência nos mostrou que a Espanha aproveitaria qualquer renegociação desse tipo (com a UE) para minar, isolar e excluir ainda mais Gibraltar", expressou o governo da região no relatório.
O texto, escrito por um comitê com a participação de um número equilibrado de deputados favoráveis e contrários ao "brexit", também inclui o ponto de vista de Sukey Cameron, representante em Londres do governo das Malvinas.
Para Sukey Cameron, a ruptura de laços entre Londres e Bruxelas teria "amplas e profundas implicações" para o território no Atlântico Sul.
"Se o Reino Unido deixar de ser membro da União Europeia, o apoio de muitos dos países da UE seria muito menos certo, o que poderia incentivar a Argentina a ter uma postura muito mais agressiva", afirmou a representante das Malvinas.
O relatório parlamentar também adverte sobre o perigo de "exagerar" nas possíveis consequências da saída da União Europeia na influência internacional do Reino Unido.
Os deputados consideram que o país continuaria sendo "uma peça-chave nos assuntos de interesse mundial e um aliado estratégico dos Estados Unidos".
A cooperação antiterrorista com os países europeus "sem dúvida continuaria mesmo depois de ter abandonado a UE", afirma o documento.
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