Obama fez estas declarações na entrevista coletiva depois da reunião que manteve na cidade alemã de Hannover com Merkel, com quem abordou questões como o acordo comercial entre seu país e a UE, a situação da Síria e Líbia, o conflito da Ucrânia, as diferenças com a Rússia e a crise dos refugiados.
A julgamento do presidente, a chanceler soube manter medidas "difíceis" e mostrar uma "preocupação", não só "humanitária", mas também "prática" neste assunto e manter as fronteiras de seu país abertas perante uma avalanche de pedidos de asilo.
Obama indicou, além disso, que no mundo atual é "muito difícil" construir muros e que talvez a chanceler tenha adotado esta postura porque ela mesma viveu uma época com "muro", em referência ao de Berlim, já que até sua queda Merkel viveu na Alemanha oriental.
"Tenho muito orgulho disso", afirmou.
Já Merkel evitou comentar, ao ser questionada diretamente a respeito, recentes palavras de Donald Trump, candidato à indicação presidencial nos EUA pelo partido republicano, que a chamou de "louca" por sua política na crise dos refugiados.
A Alemanha recebeu no ano passado o número recorde de 1,1 milhão de peticionários de asilo, em sua maioria procedentes da Síria, Iraque e Afeganistão, e a chanceler, apesar das pressões desde diferentes âmbitos, se negou a fechar as fronteiras.
O presidente dos Estados Unidos chegou hoje a Hannover na sua terceira e provavelmente última visita oficial à Alemanha ao final de uma viagem que o levou à Arábia Saudita e ao Reino Unido.
Um dos objetivos desta visita era relançar o acordo comercial entre seu país e a UE, embora o presidente também procura reafirmar a seus parceiros europeus a importância que para os EUA tem uma Europa forte e unida para enfrentar os desafios do jihadismo internacional, dos conflitos da Síria e Ucrânia e da Rússia do presidente Vladimir Putin.
Após a entrevista coletiva, Obama deve inaugurar junto a Merkel a Hannover Messe, a maior feira industrial do mundo, e ditar uma conferência amanhã.
Depois deste discurso e como anotação final a sua visita à Alemanha, o presidente dos Estados Unidos realizará uma cúpula informal na qual, além de Merkel, estarão presentes o presidente francês, François Hollande, e os primeiros-ministros do Reino Unido e Itália, David Cameron e Matteo Renzi.
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