A firma Mousaieff Jewellers Limited -propriedade da família da primeira-dama islandesa, Dorrit Moussaieff- possuiu entre 1999 e 2005 10% de uma empresa fantasma, segundo informações divulgadas pelos veículos de imprensa islandeses "Kjarninn" e "The Reykjavík Grapevine".
A empresa desapareceu em 2006, o ano em que foi registrada em Hong Kong uma nova firma, Moussaieff Limited, da qual a mãe de Dorrit é a única diretora e acionista, de acordo com os "Panama Papers", as informações jornalísticas sobre o uso de sociedades em paraísos fiscais divulgadas recentemente.
Os "Panama Papers" provocaram no começo deste mês uma crise política na Islândia que acabou com a renúncia do primeiro-ministro, o centrista Sigmundur David Gunnlaugsson, relacionado com uma firma em um paraíso fiscal.
"Nem o presidente e nem Dorrit sabem sobre essa companhia e nem ouviram nada sobre ela. O pai de Dorrit está morto e sua mãe, que tem 86 anos, não lembra nada a respeito", afirmou em comunicado o presidente islandês, que há poucos dias tinha negado em entrevista qualquer vínculo com paraísos fiscais.
Ólafur Ragnar Grímsson, de 72 anos, anunciou na semana passada que se apresentará à reeleição em junho após duas décadas no cargo, contradizendo o que tinha dito em seu discurso de Ano Novo.
A crise política do país e as amostras de apoio recebidas foram os argumentos esgrimidos por Grímsson para justificar sua mudança de opinião.
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