Segundo William Spindler, porta-voz do ACNUR, há muita preocupação no Alto Comissariado, em particular pelas crianças que vivem sozinhas e foram separadas de suas famílias.
As condições de vida são "horríveis" e "muito insalubres" nos dois campos, declarou.
"As crianças são muito vulneráveis a qualquer tipo de exploração. Sabemos que traficantes de pessoas estão presentes nestes lugares", acrescentou.
Um total de 4.000 migrantes, originários da África do Leste, Oriente Médio e Afeganistão e que desejam chegar à Grã-Bretanha, vivem em condições muito precárias em "La Jungla", nos arredores de Calais.
Outras duas mil vivem em outro campo miserável em Grande-Synthe, a 40 quilômetros de distância.
Um novo abrigo, composto por contêineres, foi inaugurado neste mês na zona com capacidade para 1.500 pessoas.
Denominado Centro de Abrigo Provisório (CAP), este novo abrigo é fechado, e para entrar nele os migrantes devem passar a palma da mão por um dispositivo de reconhecimento. As autoridades prometeram que não registrarão as impressões digitais, uma exigência recorrentes dos imigrantes.
O ACNUR informou que seria bom criar outros locais de acolhida para as crianças e pediu que as autoridades busquem rapidamente uma forma de protegê-las melhor, "em particular as crianças que têm parentes em outro país da UE".
Mais de 10.000 crianças migrantes não acompanhadas desapareceram na Europa entre os últimos 18 e 24 meses, afirmou no domingo, 31 de janeiro, a agência de coordenação policial Europol, que teme que muitos destes estejam sendo explorados pelo crime organizado.
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