O advogado americano Jon B. Eisenberg expressou preocupação por Diyab, em um breve e-mail enviado na sexta-feira desde a Califórnia (EUA), no qual confirmou que segue sem ter contado com seu cliente.
"Ainda não tive qualquer tipo de comunicação com as autoridades da Venezuela (...). Temi desde o princípio que (a greve de fome) poderia ocorrer, por isso não me surpreende", escreveu.
Em um comunicado, em 6 de agosto, Eisenberg havia pedido ao governo venezuelano que lhe permitisse falar com Diyab pelo telefone para organizar sua defesa.
O ativista americano Andrés Conteris disse via telefone que "três fontes independentes entre si", que preferiu manter em anonimato, informaram que o sírio iniciou o protesto após "saber que as chancelarias da Venezuela e do Uruguai negociavam sua deportação ao Uruguai".
Além disso, "está se negando a consumir líquidos", acrescentou Conteris, membro da ONG Witness Against Torture.
Diyab reapareceu na Venezuela em julho após abandonar o Uruguai, onde chegou em 2014 como refugiado junto a outros cinco ex-detidos de Guantánamo, após um pacto entre os governos de Montevidéu e Washington. Espera ser enviado a Turquia ou a um terceiro país para se reunir com sua família.
Até agora, as autoridades venezuelanas não se pronunciaram sobre o caso.
Conteris esteve na Venezuela entre 1º e 10 de agosto para tentar uma visita, mas voltou aos Estados Unidos sem alcançar seu objetivo.
Eisenberg representou Diyab em uma denuncia apresentada contra a alimentação forçada de réus em greve de fome na prisão americana de Guantánamo (Cuba).
Fonte:AFP
Reditado para:Noticias Stop 2016
Fotografias:Getty Images / Reuters
Tópicos:Prisões, Síria, Venezuela, América Latina