FRELIMO "assina por baixo" da intolerância política

Eleicoes
Typography
  • Smaller Small Medium Big Bigger
  • Default Helvetica Segoe Georgia Times
AplicLoja Windows 11 Pro

distrito na província de Inhambane.

A Comissão Nacional de Eleições diz que este é claramente um "ilícito eleitoral, que tem de ser punido", mas o episódio voltou a destapar várias dúvidas sobre este processo eleitoral.
Em declarações à DW África, Edson Cortez, o presidente do consórcio Mais Integridade, composto por sete organizações moçambicanas, manifesta-se preocupado com o que pode acontecer nestas autárquicas. Cortez afirma ainda que a culpa do atual clima de intolerância política no país é do partido no poder, a FRELIMO.

DW África: O que é que acha deste episódio em Homoíne? É um alerta vermelho para estas eleições?

Edson Cortez (EC): Eu acho que é o modus operandi da FRELIMO. No início da campanha, o secretário-geral da FRELIMO, o senhor Roque Silva, andou pelos municípios que são governados pela oposição e o seu discurso era a mostrar que estes municípios deviam ser punidos ou que as pessoas eram idiotas - uso mesmo esse termo - por terem votado e escolhido a oposição para os governar. E lembro-me que o secretário-geral da FRELIMO disse que 'esses presidentes de municípios que reclamam do Fundo de Compensação Autárquica afinal pensavam que governavam e precisavam de dinheiro? Não, se eles vão governar, devem pensar eles próprios em gerar o dinheiro'.

O problema de Moçambique é que a FRELIMO pensa que, por alguma razão, tem o direito consagrado não sei onde - não pela Constituição - de governar Moçambique. Infelizmente, a FRELIMO tem sido um partido que nos últimos anos tem alistado para as suas fileiras gente ignorante, gente sem escrúpulos, que unicamente vê os seus próprios benefícios. É este tipo de pessoa que vê um secretário-geral do partido que não faz e simplesmente reproduz.

FRELIMO "assina por baixo" da intolerância política

03:25
DW África: Que implicações pode ter este episódio para o resto do processo eleitoral?

EC: Nós estamos nas sextas eleições autárquicas deste país e já deveríamos ter percebido, como nação, que precisamos de aceitar a diversidade política e ter respeito, tolerância democrática. Temos de aceitar a diversidade de opiniões. Mas a FRELIMO continua a incitar [à intolerância], a partir do topo - que até agora não disse nada publicamente sobre o comportamento daqueles membros. Não tendo dito nada, quer dizer que compactua e assina por baixo daquele comportamento intolerante.

DW África: Face a esta intolerância política que descreve, há razões para temer o dia das eleições ou o pós-eleições?

EC: Obviamente tememos o dia das eleições. Num cenário em que os meios de comunicação internacionais em Moçambique, quando a RENAMO assinou o DDR [processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração dos ex-guerrilheiros do partido], disseram que seria a primeira vez que o país teria uma eleição sem partidos armados. Mas nós, em Moçambique, achamos que isso não é verdade. Isso é uma narrativa construída pela imprensa internacional. Temos uma eleição onde haverá um partido que tem direito a armas, que é o partido FRELIMO e a Polícia da República de Moçambique, que irá defender a todo o custo os interesses desse partido.

 

 

Fonte:da Redação e da DW
Reeditado para:Noticias do Stop 2023
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
Material Informático - www.aplicloja.com
Receba diariamente no Grupo STOPMZNWS poderá ler QRCOD
Link do Grupo WhatsApp - https://chat.whatsapp.com/JUiYE4NxtOz6QUmPDBcBCF
Qual Duvida pode enviar +258 827606348 ou E-mail:Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Em criação o Aplicativo o APP que ira ver notícias diariamente em seu celular Fotografias:Getty Images/Reuters/EFE/AFP

AplicLoja Microsoft Office 2022 Pro Plus