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Sábado, fev.

Empresários reféns de protestos populares?

Política
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Empresários moçambicanos pedem ao Executivo medidas fiscais para minimizar o impacto dos protestos populares, bem como garantias de segurança. O Governo, por seu lado, faz mais promessas.


Confederação das Associações Económicas (CTA) exige ao Governo de Moçambique medidas que se traduzam em garantias de segurança dos seus investimentos afetados pelos protestos popularesFoto: Romeu da Silva/DW


A Confederação das Associações Económicas (CTA) exige ao Governo de Moçambique garantias de segurança dos seus investimentos e empreendimentos para "libertar os empresários do medo das vandalizações, saques e destruição de propriedades". Os empresários pedem medidas contra as manifestações porque consideram que a economia não pode ficar refém de protestos diários.

Os empresários querem que o Executivo moçambicano, liderado pelo Presidente Daniel Chapo, celebre publicamente um pacto de alívio da carga fiscal, isenção de encargos sobre produtos básicos importados e de taxas para minimizar o impacto dos protestos populares.

Protestos pós-eleitoral – Moçambique Protestos pós-eleitoral – Moçambique 
Protestos quase diários estão a afetar a retoma das atividades empresarial e social. Empresários não querem continuar paralisadosFoto: Jaime Álvaro/DW
Praticamente todos os dias, e em quase todas as cidades capitais e vilas distritais do país, populares têm estado a bloquear rodovias em protestos contra o custo de vida, destruindo bens públicos e privados.

É neste contexto que o presidente da Confederação das Associações Económicas (CTA), Agostinho Vuma, entende que a retoma dos compromissos empresariais não pode continuar paralisada, adiada e reféns de levantamentos populares diários.

"Só neste pacto com todos os atores sociais, políticos e económicos encontraremos sinais claros de esperança e otimismo na nossa economia”, afirma Agostinho Vuma. "E nós, como classe empresarial, estamos disponíveis e prontos para arregaçar as mangas para o trabalho”, assegura, dando conta que os agentes económicos e sociais moçambicanos, "inspirados nas lições de resiliência e determinação do povo”, estão prontos a abraçar "o milagre moçambicano de recuperação económica".

 

Decréscimo económico
No total são 955 empresas afetadas pelas vandalizações, pelo que a CTA propõe a reestruturação dos empréstimos dos clientes vitimizados pelos protestos.

"É nosso entendimento que a enfase da política monetária deve ser a distribuição de crédito, o que certamente contribuirá para incentivar o investimento privado na base produtiva, criando condições para a substituição das importações e alívio da pressão cambial", considera o presidente da CTA.

Por tudo isto, nota Vuma, o desempenho económico do último trimestre de 2024 não podia ser outro senão o decréscimo. O desempenho económico baixou "de 54% para 50%, o que representa uma queda de três pontos percentuais”. De acordo com o responsável, "entre o terceiro e o quarto trimestre de 2024 os fatores macroeconómicos que afetam os custos das empresas permanecem estáveis”.

Outro facto, como refere Agostinho Vuma, é que "os preços da gasolina e do gasóleo não apresentaram variações, mantendo-se em 86,25 meticais o litro e 91,23 o litro respetivamente."

Agostinho Vuma, presidente da CTAAgostinho Vuma, presidente da CTA
“Nós, como classe empresarial, estamos disponíveis e prontos para arregaçar as mangas para o trabalho”, promete Agostinho VumaFoto: Roberto Paquete/DW
Espinha dorsal da economia
O ministro da Economia e Finanças, Basílio Muhate, repetiu o que o Presidente Daniel Chapo já havia prometido: "as medidas dos 100 dias e uma delas têm a ver com o apoio às micro, pequenas e médias empresas”.

"Apostamos na industrialização e tecnologias digitais e o nosso objetivo é apoiar a modernização das cadeias produtivas, criar um ecossistema onde os pequenos e médios negócios possam melhorar nos setores estratégicos da nossa economia”, afirmou o ministro. "Queremos reafirmar que as micro, pequenas e médias empresas são a espinha dorsal da nossa economia", concluiu.

 

 

 


Fonte:da Redação e da dw
Reeditado para:Noticias do Stop 2025
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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