Uma legislação especial que se aplica só a uma parte de uma categoria (pessoa, coisa ou lugar), neste caso o monarca atual, evitaria complicados trâmites sobre a modificação desta lei, como a possibilidade de estabelecer um sistema de abdicação permanente, explicaram fontes governamentais à agência japonesa "Kyodo".
Além disso, as fontes disseram que se fosse aberto um debate sobre emendas agora, isto atrasaria ainda mais o processo de abdicação.
A Lei da Casa Imperial japonesa, em vigor desde 1947, só permite a sucessão póstuma de forma efetiva, o que, em qualquer caso, faz necessária uma reforma que o primeiro-ministro Shinzo Abe se comprometeu a realizar "de maneira cuidadosa" e adequada.
Em 8 de agosto, o imperador Akihito colocou seu desejo de abdicar em mensagem televisionada à nação na qual afirmou que devido a sua avançada idade e seu estado de saúde, padece de "muitas limitações" e será difícil "seguir assumindo responsabilidades importantes".
A opinião pública tinha visto o processo legislativo empreendido para facilitar a renúncia do monarca em favor de seu primogênito, o príncipe herdeiro Naruhito, de 56 anos, como uma via para reabrir o debate sobre outras possíveis modificações, como permitir o acesso de mulheres ao Trono de Crisântemo.
Esta questão foi abordada anteriormente após o nascimento da única filha de Naruhito, a princesa Aiko, de 14 anos.
Se ocorrer, a abdicação de Akihito seria a primeira na linha sucessória imperial japonesa desde a do imperador Kokaku em 1817.
No entanto, trata-se de uma prática frequente na história da dinastia reinante mais antiga do mundo, já que praticamente a metade dos 125 ocupantes que até o momento teve Trono de Crisântemo abdicaram em vida.
Fonte:EFE
Reditado para:Noticias Stop 2016
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