O chefe de equipe da McLaren, Ron Dennis, chegou a declarar que a Honda não possuía capacidade para dar suporte a outro time, decisão “inteiramente apoiada pela própria montadora japonesa”.
Depois de Yasuhisa Arai, chefe da Honda, afirmar que já estava muito tarde para acertar as bases de acordo e se estruturar para fornecer motores a duas equipes, ele mudou de discurso e já pensa em aumentar a gama de parceiras nos próximos anos.
“Nós sempre estamos abertos para fornecer motores a outros times. Talvez em 2017 e 2018 isso aconteça. Não podemos detalhar o contrato, mas temos que discutir como um time antes de qualquer coisa. Se há uma requisição ou se estamos pensando em oferecer nosso serviço a outra equipe, temos sempre que abrir uma discussão com a McLaren”, controu Arai, confirmando que a equipe inglesa pode ser uma barreira para novas parcerias.
Nos bastidores acredita-se que a McLaren foi a principal responsável por barrar uma parceria da Honda com a Red Bull, evitando que seus concorrentes tenham o mesmo motor. Ron Dennis vê a Red Bull como uma equipe com potencial de títulos e por isso não viu com bons olhos a negociação.
Apesar da procura, a Honda não teve sucesso na temporada de 2015. Voltando a Fórmula 1 e contando com pilotos renomados como Fernando Alonso e Jenson Button, a McLaren terminou o campeonato de construtores na nona colocação, com apenas 27 pontos, o que é pouco para uma equipe tradicional da categoria.
Arai também não garantiu se uma nova parceria poderia ajudar a promover o rendimento dos motores Honda, mas acredita que com uma presença maior na Fórmula 1 o produto da marca poderia ganhar mais credibilidade.
“Eu não sei, porque o modelo que fornecemos para a McLaren é exclusivo deles, então não sei como seria os motores de uma outra equipe. Uma coisa que eu posso dizer com certeza é que se tivéssemos uma segunda equipe, haveria um progresso na solidez dos motores, mas não posso te dizer sobre desempenho”, finalizou.
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