Minas.
A primeira autorização foi concedida à cooperativa Milando Kunda, envolvendo a exploração semi-industrial de diamantes numa área de 30 quilómetros quadrados, em Kunda-dia-Base, e a segunda abrange, nos mesmos moldes, 224 quilómetros quadrados atribuídos à cooperativa Cambo Sungingi, no município de Caombo. A terceira concessão fica com a cooperativa Kabuto, no município de Xandel, numa área de 160 quilómetros quadrados.
As autorizações referem ainda, para justificar as concessões, que “dados técnicos” sugerem “que os objectivos de integração dos mineiros artesanais podem ser efectuados de modo eficaz mediante a produção semi-industrial combinada com a produção artesanal.”
Estas concessões são válidas por um ano, podendo ser prorrogadas por quatro, ficando as cooperativas obrigadas a prestar informações técnicas e económicas à concessionária diamantífera nacional, Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama), sobre a actividade desenvolvida, de acordo com as autorizações assinadas pelo ministro Francisco Queiroz.
O Governo prevê um crescimento de 1,5 por cento da produção de diamantes em 2016, para quase nove milhões de quilates, depois do recorde registado no último ano. A projecção do Ministério da Geologia e Minas indica que, em 2016, o sector passa por alcançar a produção de 8,962 milhões de quilates, entre as componentes industrial e artesanal (garimpo individual ou em cooperativas, sob licença do Estado), esta última estimando uma produção superior a 860 mil quilates.
“Dentro de cinco anos, com os novos projectos que estamos a preparar, esperamos mais do que duplicar a produção”, assumiu o ministro da Geologia e Minas, Francisco Queiroz, no princípio do ano.
O ministro da Geologia e Minas declarou que o sector prevê aumentar a produção de diamantes, ferro e rochas ornamentais. Quanto às rochas ornamentais, o sector vai aumentar a sua produção em 2017 na ordem dos 50 por cento, com base na atribuição de licenças a novos operadores.
Em relação aos diamantes, entra em funcionamento, em 2018, a mina do Luache, localizada na Lunda Sul, que supera o actual projecto de Catoca e que pode duplicar a sua produção actual, que anda à volta dos nove milhões de quilates por ano, ao preço de cerca de mil milhões e 200 mil dólares. Dentro de cinco anos, segundo previsões do ministro, essa produção vai ser duplicada.“É uma mina de grande dimensão. Poderá ser uma das maiores, senão a maior a céu aberto no mundo”.
Actualmente, os diamantes têm um peso no PIB que anda à volta dos 2,5 por cento e uma participação de 120 milhões de dólares em impostos para o Estado. “Com a descoberta de novas ocorrências de kimberlitos e a entrada em funcionamento da mina de Luache, a contribuição do sector vai crescer profundamente”, previu.
Angola atingiu, em 2015, um novo recorde de produção de diamantes, com 8,837 milhões de quilates, o que rendeu ao país 1,1 mil milhões de dólares (cerca de mil milhões de euros), mas reflectindo uma quebra de receitas de quase 200 milhões de euros devido à quebra generalizada na cotação internacional.
Fonte:Angonoticias
Reditado por: Africa Stop 2016