encerrar a escola por alegadamente estar a funcionar de forma ilegal.
Os professores que trabalham na referida escola foram notificados a comparecerem hoje às 8h na Repartição Municipal para receberem as guias de transferência para outras escolas, segundo o director da instituição escolar, Miguel da Silva. Miguel da Silva disse que a instituição está legalizada e no princípio deste ano ainda recebeu uma visita de inspectores do Gabinete Provincial da Educação (GPEL) liderada por Lourenço Neto, que deu o aval para que as aulas prosseguissem, com a possibilidade de no ano lectivo 2017 vir a albergar também o primeiro ciclo do ensino secundário.
O gestor escolar afirmou que até ao presente a GPEL não enviou documentação alguma determinando o seu encerramento por se encontrar em situação ilegal, o que considera ser um contra-senso. Esta posição de Domingos Bumba não foi bem acolhida, pois ainda este ano o seu superior hierárquico assinou as suas credenciais e dos professores que os autoriza a trabalhar nesta instituição. Por esta razão, qualificou de má-fé a atitude de Domingos Bumba.“Por isso até ele faz questão de me humilhar nas reuniões diante de outros directores dizendo que eu e os professores somos funcionários dele”. Acrescentou que 540 crianças correm o risco de serem transferidas para escolas muito distantes da sua zona de residência por não existirem estabelecimentos de ensino público nas redondezas. “Como é que ele diz que a escola é ilegal se há efectividade e os professores são controlados a partir de folhas de salário?”, questionou, tendo acrescentado que o GPEL recebe regularmente os relatórios e são aprovados.
Entretanto, a interrupção das aulas começa hoje e as crianças estarão entregues à sua sorte, já que os professores e o director da escola foram convocados pela Repartição Municipal onde serão informados relativamente ao seu novo rumo, tal como confirmou o professor José Mavunga.
João Neves Agostinho, outro professor, enquadrado como funcionário do Ministério da Educação em 2004, alertou para os transtornos que esta medida causará às crianças, apontado a sua adaptação a uma nova escola e a um novo professor como factores que concorrerão para o absentismo escolar e daí o rendimento pesar negativo das 540 crianças. O presidente do Sindicato Nacional de Professores e Trabalhadores do Ensino não Universitário (SINPTENU), Avelino Calunga, disse que medida é ilegal e mesmo que escola esteja ilegal o momento não é oportuno para que seja encerrada.
Director municipal refuta acusação
Contactado, o director, Domingos Bumba, refutou todas as acusações feitas pelo director e professores, tendo afirmado que a Escola 4044 encontra-se oficialmente desactivada desde 1 de Janeiro de 2016, tendo sublinhado que a instituição era uma escola pública numa parceria entre a Igreja Mibana e o Ministério da Educação, cujo contrato foi firmado em 2003, mas por ter sido vandalizada em Fevereiro de 2015 pelo supracitado sindicato, a parceria foi desfeita. O chefe da inspecção do GPEL, Lourenço Neto, contacto por O PAÍS, disse não haver orientação alguma da sua instituição propostas ao encerramento de escolas em Luanda.
Lourenço Neto reforçou que a Direcção de Educação não possui informação de instituições eventualmente funcionando de forma ilegal. Finalmente, assegurou que qualquer acção que vise o encerramento de uma escola em Luanda carece da autorização expressa do director da Educação de Luanda. Lourenço Neto prometeu fornecer mais detalhes sobre o assunto tão logo seja apurado o quadro da situação e, oportunamente, O PAÍS apresentará mais dados sobre o assunto.
Fonte:Angonoticias
Reditado por: Stop Noticias 2016