A Sociedade Mineira de Catoca, a operar na Lunda-Sul, está a envidar esforços para a venda da produção de diamantes obtidos nos meses de Março e Abril de formas a garantir o fluxo da caixa da empresa. Este cenário impõe-se apesar da baixa do preço médio a nível do mercado internacional. A informação foi prestada à imprensa, no Dundo, capital da Lunda-Norte, pela directora-geral adjunta
para a Área da Administração da diamantífera.
Engrácia João esclareceu que, à semelhança de outras operadoras, Catoca também tem vindo a confrontar-se com preços poucos "apetecíveis”. Justificou, todavia, haver necessidade de a produtora diamantífera vender parte da produção, com vista a dar suporte ao cumprimento das obrigações, no mercado empresarial nacional, como a divisão dos lucros entre os sócios, pagamentos de salários, obrigações fiscais e outros impostos junto da Administração Geral Tributária (AGT).
Disse que a Catoca não está a comercializar os diamantes na sua totalidade, por causa das restrições impostas pelo mercado com a queda do preço médio para 35 a poucos mais de 50 por cento do estipulado. Sem avançar a quantidade em stock, com realce à produção referente ao primeiro semestre do corrente ano, a directora-geral adjunta da Sociedade Mineira de Catoca, referiu que a crise financeira que se faz sentir, a nível global, está a provocar a retenção de muitos quilates de diamantes.
Nesse momento, o sub-sector depara-se com propostas de preços que não dão cobertura aos custos operacionais de produção e não há compradores com regularidade que absorvam os resultados obtidos pelos produtores. "Não há problemas em cumprirmos com as nossas metas de produção.
Só que por causa do preço do diamante que está cada vez mais baixo, preferimos que ao invés de vender toda a produção. Não estamos a vender na totalidade. Vendemos um pouco de formas a garantir que tenhamos caixa para podermos passar os dividendos aos nossos sócios, atender os salários dos trabalhadores e pagar as dívidas legais. Por isso temos de ter sempre caixa para estarmos bem com todos”, explicou Engrácia João.
A directora-geral adjunta da área da administração da Sociedade Mineira do Catoca explicou, igualmente que, até ao momento, foram apenas comercializados os diamantes dos meses de Janeiro e Fevereiro. "Nós tínhamos a produção de Janeiro e Fevereiro que conseguimos vender. Estamos a lutar agora para ver se conseguimos comercializar a de Março e Abril”, disse. Engrácia João afirmou que todas as questões operacionais, logísticas, administrativas e financeiras estão a ser acauteladas para a sobrevivência da empresa.
Catoca tem a sua sede na província da Lunda-Sul, mas é a par da Lunda-Norte o principal esteio da actividade de exploração em Angola. Actualmente, embora de forma tímida, há já sinais de exploração de diamantes no Bié, em Malanje e no Cuanza-Sul. Avança a modernização das centrais de tratamento A directora-geral adjunta para área da administração da Sociedade Mineira de Catoca disse que a empresa precisa investir na modernização das suas centrais de tratamento, com vista ao alcance das capacidades definidas, aliado ao facto de as atenções estarem também viradas para a bacia de rejeitado. Justificou que existe minério dentro da bacia, pois o rejeitado que sai da central arrasta consigo diamantes de partículas pequenas, mas com valor teórico que pode ser aproveitado para o aumento dos rendimentos da mina.
Por isso, a produtora está também a olhar para a exploração do diamante que se encontra dentro da bacia, mas enquanto isso, trabalha-se na modernização das centrais. Durante o primeiro semestre deste ano, foram extraídos 8.200,000 metros cúbicos de minério, tendo sido tratados a partir das centrais existentes cinco milhões e 800 mil metros cúbicos, explicou. Em termos do capital humano, Engrácia João afirmou que a Sociedade Mineira de Catoca conta, actualmente, com uma força de mais de cinco mil trabalhadores, repartidos em 2.300 directos e mais de 3 mil indirectos.
Catoca é a quarta maior mina do Mundo, explorada a céu aberto, sendo a maior empresa do sub-sector diamantífero angolano e responsável pela extracção de mais de 75 por cento dos diamantes produzidos no país.
A estrutura societária é constituída pela Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama), com uma participação de 59 por cento, em representação do Estado angolano, e 41 outros detidos pela multinacional russa Alrosa. A mina da empresa de prospecção, exploração, recuperação e comercialização de diamantes, opera na província da Lunda-Sul, arredores da cidade de Saurimo, numa distância de 35 quilómetros.
Fonte:da Redação e da angonoticias
Reeditado para:Noticias do Stop 2024
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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