final de janeiro.
José Kakola, conhecido nos tempos da guerrilha como Peti Comandante, diz que os pensionistas estão cansados dos atrasos, e a pensão que auferem já é baixíssima.
"Isto não é digno", desaba Kakola em declarações à DW. "Segundo a gíria, 'quem liberta não governa'. Os atrasos salariais são notórios e nós, os antigos combatentes, recebemos uma miséria, 23.550 kwanzas [cerca de 39 euros no câmbio atual], e chega a demorar 45 dias para chegar".
"O Estado cuspiu em nós"
Na província de Malanje, 2.043 pensionistas do Ministério dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria exigem do Governo mais consideração.
Segundo António Fonseca, mutilado de guerra de 63 anos, os ex-combatentes foram abandonados à própria sorte. "Nós corremos perigos quando estivemos nas Forças Armadas, mas agora o Estado cuspiu em nós. O Governo olha para essas pessoas que têm uma deficiência? Um mutilado vai viver numa casa de renda?", questiona o veterano.
"Nós somos desprezados, nós não somos culpados, o culpado é o Estado".
O ex-combatente Miguel Pedro, mais conhecido por Bolongongo, vive deprimido: "Estamos esquecidos! É um situação de miséria desde 1974 no MPLA até hoj. Estou quase a fazer quarenta e tal anos nesta organização e nunca sequer tive uma bicicleta".
Dinheiro para uns e não para outros?
Se para muitos antigos combates a reivindicação são os atrasos na remuneração e salários baixos que não permitem a compra da cesta básica, para Manuel Pedro, de 70 anos, o seu maior vilão no Uíge é a excessiva burocracia para tratar dos documentos e beneficiar da pensão.
"Ainda não me atenderam por falta de não ter conta bancária. Agora, segunda-feira, é quando vou tratar da conta bancária", afirma.
O jurista Joaquim Ernesto acusa o Governo angolano de não ser honesto com muitos dos seus filhos, principalmente os Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria.
"O Estado angolano tem agido muito mal e de má-fé no tratamento dos antigos combatentes", comenta.
"Há muitas denúncias de corrupção no Ministério dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria: pessoas que não têm o estatuto de antigos combatentes vêm usufruindo de milhares de kwanzas em nome de antigos combatentes. Então, é tempo de se repor a legalidade", afirma o jurista.
Fonte:da Redação e da dw
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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