"Se uma pessoa não se protege hoje em dia, é por falta de informação", disse a médica Valerie Toureau, da organização Onuaids, explicando que há preservativos disponíveis que são distribuídos oficialmente.
"Em relação aos exames e tratamentos, as coletas são gratuitas porque é necessário que as pessoas saibam", acrescentou.
Cerca de 150.000 haitianos são portadores de HIV, o que representa 55% do total de pessoas que vivem com o vírus em todos os países do Caribe.
"Nas zonas rurais mais remotas do país, vemos que a população não é suficientemente informada sobre a doença, e também há muitos mitos em relação ao HIV no Haiti", disse Toureau.
Algumas prostitutas, por exemplo, não utilizam proteção nas suas relações sexuais no mar, porque pensam que a água salgada destrói os micróbios.
A taxa nacional de prevalência do HIV no Haiti é de 2,2%. Entre as prostitutas, essa taxa sobe para 8,4%, e entre os homens homossexuais, para 18,5%.
No país mais pobre do continente, onde a religião tem uma forte influência, a homossexualidade, embora não seja condenada penalmente, continua sendo um tabu, o que é uma barreira para a detecção da doença.
"O estigma e a discriminação existem, e há muito trabalho a ser feito para enfrentá-los" afirmou Valerie Toureau.
Fonte:AFP
Reditado por:Noticias Stop 2016
Fotografias:Getty Images
Tópicos:Aids, Doenças, Epidemias, Doenças sexualmente transmissíveis, Haiti, ONU