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Estudo revela rota do HIV pelo mundo

Aids: o estudo aponta que a expansão do subtipo B do HIV-1, que é o tipo mais abundante, reflete os eventos geopolíticos da segunda metade do século XX

Saúde
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como fatores-chave.

O estudo aponta que a expansão do subtipo B do HIV-1, que é o tipo mais abundante na Europa, Austrália e América, reflete os eventos geopolíticos da segunda metade do século XX.

Desde que o Vírus da Imunodeficiência Humana de tipo 1 (HIV-1) fora descoberto, predominou no Ocidente o subtipo B deste vírus, que chegou aos Estados Unidos vindo da África e passando pelo Haiti. No entanto, o padrão da propagação posterior continua sendo pouco conhecido.

Segundo a pesquisa, publicada na revista "Journal of Molecular Epidemiology and Evolutionary Genetics of Infectious Diseases", os tipos do Leste Europeu e da Europa Ocidental não se misturaram até o fim da divisão do continente, quando a migração entre ambas as regiões ficou menos restrita.

A partir dos resultados do estudo foi possível perceber que os fatores como o comércio internacional, o turismo e os movimentos migratórios têm um papel relevante na dispersão do HIV em nível internacional.

Os pesquisadores analisaram quase 9 mil genomas de tipos do HIV-1 do subtipo B provenientes de 78 países, com o objetivo de "mapear" sua expansão no mundo durante os últimos 50 anos. Para os cientistas, a pesquisa comprova a teoria que adverte que para erradicar a doença será necessário intensificar as medidas locais e globais.

De acordo com o pesquisador Roger Paredes, do Instituto de Pesquisa da Aids IrsiCaixa - um dos participantes do trabalho -, estes resultados demonstram mais uma vez que as epidemias "não conhecem fronteiras".

"Se quisermos acabar com a Aids também precisamos agir em escala global, especialmente nos países menos desenvolvidos, onde vive a maioria de pessoas infectada pelo HIV e onde atualmente é transmitido um vírus resistente a medicamentos", afirmou.

O estudo mostra também que o vírus viajou da América do Norte a Europa Ocidental em diferentes ocasiões, enquanto que a Europa Central e Oriental permaneceram isoladas na maior parte do início da epidemia.

Em termos gerais, o trabalho apresenta uma grande interconexão entre os países europeus; Portugal, Espanha e Alemanha, e mostra um grande número de intercâmbios com outros países, possivelmente causados por fatores como o turismo e pelo elevado número de infecções entre sua população. 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte:EFE

Reditado por: Stop Noticias 2016

Tópicos:Aids, Doenças, Epidemias, Ciência, Pesquisas

Fotografias: Getty Images

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