NACALA ABRE LINHA DE PRODUÇÃO DE AMÊIJOA EM CATIVEIRO

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Sidónio Juda Chan, técnico de laboratório da Aquapesca, diz que com a abertura desta nova linha de produção a empresa passou a trabalhar com quatro espécies, nomeadamente o camarão tigre, ostra giga e peixe tilápia, num investimento de calculado em pouco mais de 40 milhões de Euros.

O jornal “Noticias” escreve na sua edição desta quarta-feira que se trata da primeira empresa a produzir amêijoa em cativeiro, para responder à demanda deste produto no mercado nacional e internacional.

Antes, a Aquapesca viu-se forçada a parar com a produção de larvas de camarão da espécie penaeus monodon, camarão gigante, por algum período, devido ao surgimento do vírus da mancha branca que afectou toda a zona costeira de Moçambique onde se processava este marisco.

Segundo Sidónio Chan, com o aparecimento do vírus da mancha branca, as actividades da empresa ficaram afectadas, obrigando a abraçar outros projectos que se afiguraram exequíveis como a produção da tilápia, da amêijoa e ostra.

“Em relação ao camarão gigante vamos continuar a produzir, mas no sentido de melhorá-lo geneticamente com a produção de larvas para que seja resistente e supere o vírus da mancha branca que existe nas águas nacionais, além da mudança da produção e engorda na nossa farma em Quelimane”, explicou Chan.

Sobre a produção de amêijoa em laboratório, Sidónio Juda Chan disse que no ano passado foi possível exportar para o mercado japonês pouco mais de 25 toneladas deste marisco produzido em cativeiro.

Já em 2014, segundo a fonte, a empresa teve como meta exportar para aquele mercado asiático pouco mais de 100 toneladas de miolos de amêijoa, trabalho que envolveu cerca de 300 pescadores artesanais nas regiões de Quelimane e Beira.

“Este programa de produção de “sementes” de amêijoa que introduzimos nas nossas actividades tem em vista suprir a demanda existente deste produto de forma a repô-lo no seu habitat, mais concretamente no rio dos Bons Sinais, em Quelimane, e na zona da Praia Nova, na Beira, contando com a participação de pescadores artesanais locais”, referiu.

Sobre a implementação do processo de engorda de ostras, outro marisco que a Aquapesca começou a produzir em cativeiro, o entrevistado disse que está projectado que seja feito por pequenos pescadores de Quissimajulo, em Nacala-Porto, a quem será distribuído este produto que já não se pode reproduzir no ambiente natural com vista a impedir a invasão de espécies exóticas.

A produção da Aquapesca tem mercado garantido, sendo que o camarão e ostra têm como destino a Europa, a amêijoa o Japão e o peixe tilápia para consumo interno.

A Aquapesca funciona no país desde 1994

 

 

Fornecido por: 2015 RM.( STOP)

 

 

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