Falando numa conferência de imprensa, sublinhou que o diálogo para a manutenção da paz em Moçambique não deve ser condicionado e deve também envolver vários segmentos da sociedade moçambicana.
O Presidente da República respondia à uma pergunta que lhe foi colocada, pelo facto de a Renamo insistir que o diálogo com o governo deve acontecer apenas com a mediação da igreja Católica, Comunidade Europeia e da República da África do Sul.
“E nós facilitamos muito desta vez, dissemos que queremos dialogar ou falar com a liderança da Renamo, e para isto acontecer, indicamos pessoas para preparar esse diálogo. Praticamente não sei se responderam ou já estão a preparar… As pessoas têm que se falar, se comunicar, não pode haver receio. A igreja católica que está a ser referida, não sei se tem na memória, em Dezembro, quando fui saudado pelos bispos de Moçambique, eles colocaram-se à disponibilidade para poder apoiar o processo e nós aceitamos; dissemos que de diferentes maneiras podem ajudar. Fizemos isso também quando fomos convidados para visitar a mesquita, onde muita gente da comunidade muçulmana, maometana, islâmica estava lá. Para dizer que estávamos a espera da contribuição que querem dar para isso, portanto, não se trata de pessoas estranhas, são igrejas de moçambique, são religiosos. Não sabemos qual é o critério, mas estamos prontos para a contribuição de todos os moçambicanos, quando são moçambicanos, a coisa é feita com amor à pátria, sem interesses adicionais, com vontade de resolver e ficarmos bem. O povo quer ver as pessoas a falarem e o povo já percebeu que o problema de paz não é o problema das lideranças, é de toda a sociedade”- referiu o Presidente da República.
Filipe Nyusi que já deixou Lisboa, esteve em Portugal à convite do Presidente eleito, Marcelo Rebelo de Sousa, que esta quarta-feira tomou posse.
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