Devastação florestal continua a ameaçar Moçambique

Nacional
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Moçambique perde anualmente cerca de 267 mil hectares de florestas, que correspondem à emissão de 40 milhões de toneladas de gases com efeito de estufa, devido à prática de agricultura itinerante e outros fenómenos.


Só a agricultura itinerante é responsável por 86% do desmatamento anual em Moçambique, enquanto a exploração florestal para combustíveis lenhosos e madeira situa-se em 13%.

Para o diretor nacional de Florestas, Cláudio Afonso, a devastação florestal constitui uma grande preocupação para as autoridades moçambicanas, tendo em conta que cerca de 80% da população vive nas zonas rurais.

"Por este motivo Moçambique tem estado a refletir sobre quais as melhores alternativas para reverter esse cenário. Reconhecendo a problemática do desmatamento, bem como o facto de as florestas serem uma fonte essencial para o fornecimento de bens e serviços económicos, sociais e ambientais, Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique, lançou em 2022 a iniciativa regional Miombo, uma floresta do Grande Zambeze", disse Cláudio Afonso à DW.

"Nesta ocasião, 11 países aderiram e adotaram a Declaração de Maputo sobre a Gestão Sustentável e Integrada da Floresta do Miombo, tendo já estabelecido os comités ministeriais e técnicos e mobilizado cerca de 153 milhões de dólares. Nneste momento estamos a mobilizar mais recursos para a implementação da Declaração de Maputo", acrescentou.

Crime organizado 
O jornalista Fernando Mbanze concorda em parte com a narrativa governamental sobre as causas do desmatamento em Moçambique. Na sua opinião, o crime organizado tomou conta do setor florestal.

"Se formos efetivamente em busca de razões por detrás disso, talvez eu possa dizer com algum nível de segurança que o grande problema tem a ver com a forma como estes governantes, estes diretores provinciais, diretores distritais, até ao nível mais alto, até ao nível ministerial talvez, não estejam a fazer o seu papel, ou estejam a fazer exatamente o contráriom´, porque já apanhei variadíssimas vezes situações em que ficou provado que afinal no setor madeireiro também existe crime organizado", admite.

Fernando Mbanze denuncia ainda situações de corrupção, através da falsificação de guias de transporte de recursos florestais, por exemplo.

"Já apanhámos situações várias em que aquelas guias de transporte de recursos florestais são guias completamente falsificadas", relata.

"É preciso criar condições para que as pessoas tenham medo de se envolver em situações de corrupção. No dia em que conseguirmos fazer isso, eu penso que estaremos em condições de garantir que as nossas florestas realmente sejam protegidas e este processo de desmatamento que temos estado a assistir diariamente pare ou reduza", sublinhou.

 

 


Fonte:da Redação e da DW
Reeditado para:Noticias do Stop 2024
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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