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Moçambique: Polícia com salários em atraso "é um risco"

Nacional
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Membros das forças de defesa e segurança queixam-se que estão há dois meses sem salários em Moçambique. Governo diz que as dificuldades devem-se a problemas técnicos. Analistas alertam para as consequências da situação.

O Executivo explica que o problema dos salários em atraso tem a ver com falhas no processo de migração dos dados dos membros das forças de defesa e segurança para o novo sistema de pagamento de salários do Estado.

Em conferência de imprensa na segunda-feira (07.08), o diretor nacional de contabilidade pública no Ministério da Economia e Finanças, Manuel Matavele, garantiu que é um problema pontual.

Matavele disse ainda que 99% dos funcionários públicos têm a situação salarial regularizada.

"Neste momento, estamos a trabalhar com os recursos humanos do Ministério do Interior, Ministério da Defesa e das Forças Armadas, para que seja disponibilizada toda a informação necessária para cadastrar os funcionários a 100%", afirmou.

Regresso ao sistema anterior?

No fim de semana, o comandante-geral da Polícia da República de Moçambique, Bernardino Rafael, sugeriu que se voltasse a usar o sistema anterior de pagamento de salários para que os polícias e militares voltassem a receber a tempo e horas.

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Bernardino Rafael, comandante-geral da Polícia da República de MoçambiqueFoto: DW
O comandante-geral disse que a situação atual é preocupante, tendo avançado que há membros da corporação que tiveram de adiar tratamentos médicos e outros foram expulsos das suas casas por não pagarem a renda.

Para o analista económico Dereck Mulatinho, este esforço financeiro devido aos salários em atraso pode ter consequências graves.

"Poderá de alguma forma aumentar nos índices de criminalidade, dado o baixo índice de prontidão combativa e baixa moral no seio das forças de defesa e segurança", disse.

"Aumenta a insatisfação"

Estrela Charles, economista e pesquisadora do Centro de Integridade Pública, concorda.

"O atraso no pagamento dos salários dos agentes da polícia e militares é um risco", afirmou.

A analista do CIP refere também que este atraso no pagamento salarial "aumenta a insatisfação e ineficiência no que diz respeito ao trabalho exercido por estes funcionários".

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Estrela Charles, economista e pesquisadora do CIPFoto: Romeu da Silva/DW
E Estrela Charles vai mais longe quanto às possíveis consequências da falta de pagamento e à necessidade de ganhar dinheiro de forma ilegal.

"A área da polícia é uma área onde há níveis de corrupção bastante elevados. Então, o atraso no pagamento de salários desses profissionais pode propiciar o aumento dos níveis de corrupção nas estradas."

A economista e pesquisadora do CIP acredita que esta situação pode agravar os casos de criminalidade envolvendo as próprias forças policiais.

 


Fonte:da Redação e da DW
Reeditado para:Noticias do Stop 2023
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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