A Organização das Nações Unidas instou esta terça-feira, 7 de Março, à obrigatoriedade de inclusão de mulheres em todas as reuniões e nos processos de tomada de decisão, defendendo a aplicação de consequências em caso de incumprimento.
A ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação moçambicana, Verónica Macamo, destacou a importância do tema "mulher, paz e segurança rumo ao 25 aniversário da resolução 1325 do Conselho de Segurança" debatido no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A chefe da diplomacia moçambicana disse à ONU News que as mulheres vão ter um lugar à mesa para falar sobre solução de conflitos e defendeu que também é essencial ouvir os jovens para atingir a paz. A resolução 1325 é uma ferramenta importante para combater as desigualdades entre homens e mulheres, afirmou a ministra moçambicana, reconhecendo que, em contextos violentos, as mulheres sofrem de maneiras específicas."Um tema oportuno e relevante no mundo e particularmente em Moçambique", defendeu.
Este debate no dia internacional da mulher "é uma oportunidade para avaliar os resultados da implementação da resolução 1325. A agenda sobre mulheres paz e segurança constitui uma das grandes oportunidades e desafios para a comunidade internacional, para África; para a SADC e Moçambique, em particular", lembrou.
"As mulheres constituem um dos grupos da sociedade mais afectados por conflitos armados. Os direitos das mulheres continuam a ser gravemente violados e, em consequência, parte da maior parte dos refugiados, deslocados internos são constituídos por mulheres, raparigas, crianças e pessoas com deficiência", descreveu a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, acrescentando tratar-se de "uma triste realidade que prevalece apesar do Conselho de Segurança das Nações Unidas terem adoptado várias resoluções para reverter esta situação".
Para aplicar a resolução 1325, "Moçambique implementou o plano nacional da acção sobre as mulheres, paz e segurança, alcançando resultados assinaláveis com destaque para vários pontos", lembrou a responsável pela diplomacia moçambicana. Verónica Macamo afirmou que Moçambique "reforçou a segurança das mulheres e a projecção de serviços integrados às sobreviventes aos vários tipos de violência. O país trabalhou na promoção socio-económica das mulheres, num contexto de recuperação pós conflito, bem como na igualdade de acessos à terra, à educação, à saúde. Apostou no aumento da protecção política de mulheres nos órgãos de governação a nível central, províncial, municipal e distrital e que tem como presidente [no Parlamento] uma mulher. Moçambique tem paridade de género, de 50%-50%, no conselho de ministros", descreveu.
O mês da presidência moçambicana termina com um debate aberto a nível ministerial sobre o terrorismo, a prevenção do extremismo violento e o reforço da cooperação em torno da temática. O Conselho de Segurança vai presidido pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, no dia 28 de Março de 2023, numa sessão sobre o tema "Combate ao terrorismo e extremismo violento".
Fonte:da Redação e da rfi
Reeditado para:Noticias do Stop 2023
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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