Os três homens, que supostamente pertenciam a uma quadrilha, foram detidos na cidade de Iguala, Guerrero (sul) e, segundo as investigações, dois deles "teriam recebido os jovens por parte de elementos da polícia municipal de Iguala" na noite de 26 de setembro de 2014, disse Sales em coletiva de imprensa.
Naquela noite, os estudantes foram brutalmente atacados por policiais de Iguala, enquanto pegavam ônibus para uma manifestação e em seguida foram entregues ao cartel dos Guerreros Unidos, que os teria assassinado e queimado seus corpos em um lixão, segundo a versão oficial.
Os detidos são Bernabé Sotelo Salinas, de 28 anos, Cruz Sotelo Salinas, de 19 anos, e Mauro Taboada Salgado, de 40, que seria "o principal envolvido" no homicídio de Julio César Mondragón, um dos três estudantes mortos naquela noite e cujo rosto estava sem a pele.
Os dois primeiros teriam recebido os jovens, segundo testemunhos de alguns dos detidos "plenamente acreditadas", disse Sales, sem especificar o que foi feito em seguida com os estudantes.
Estas detenções ampliaram para 113 o número de detidos neste caso, que gerou fortes críticas ao governo de Enrique Peña Nieto.
As famílias dos estudantes e ONGs internacionais questionaram as conclusões das investigações e viram com bons olhos que a procuradoria-geral mexicana abrisse recentemente uma unidade especial para investigar o caso e buscar novas pistas sobre os estudantes.
Fornecido por: Da AFP 2016 ( STOP)