
uma orquestra russa foi levada até as ruínas do século XIII para a realização de um emocionante concerto.
Conduzida por Valery Gegriev, amigo pessoal do presidente Vladimir Putin, a Orquestra Mariinsky, de São Petesburgo (Rússia), tocou no último dia 5 em um teatro romano que faz parte dos monumentos listados pela Unesco como patrimônio mundial. Os músicos foram ainda acompanhados do violoncelista Sergei Roldugin, também próximo de Putin, que foi citado na investigação global Panama Papers como beneficiário de uma offshore.
Segundo o jornal britânico The Guardian, o concerto, que recebeu o nome “With a Prayer from Palmyra: Music Revives the Ancient Walls” (em portguês “Uma Oração de Palmira: A Música Revive as Muralhas Antigas”), contou com músicas de compositores como Rodion Shchedrin, Prokofiev e Bach.
O presidente Putin esteve presente a distância. Ele estava em Sochi, na Rússia, e teve um pronunciamento transmitido ao vivo para a região. De acordo com ele, citado em reportagem do site russo Sputnik, o objetivo do espetáculo era o de homenagear os mortos nas batalhas contra o EI e agradecer a todos os envolvidos “na luta contra o terrorismo”.
Estado Islâmico em Palmira
Em maio do ano passado, o mundo recebia com preocupação a notícia de que os extremistas do EI haviam conquistado o controle de Palmira, cidade então habitada por cerca de 70 mil pessoas.
Desde então, se tornaram frequentes os vídeos que mostravam militantes destruindo monumentos e peças milenares e usando o antigo teatro como palco de suas execuções brutais. Uma das vítimas foi Khaled al-Assad, um dos maiores historiadores do país e responsável pelo serviço de antiguidades local. Ele tinha 82 anos e foi decapitado.
O governo sírio, auxiliado por forças russas, começou suas ofensivas para recuperar o controle da cidade no início do ano. No final de março, anunciaram ter expulsado o EI da cidade, numa das principais vitórias do regime contra o grupo terrorista.
Abaixo, veja trechos do concerto da Orquestra Mariinsky em Palmira:
Fonte: EFE
Reditado por: STOP 2016
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