Segundo o Lower Mississipi River Forecast Center, as inundações foram o resultado de dois dias de fortes chuvas em uma região pantanosa e que fica abaixo do nível do mar em alguns pontos, algo que qualificaram como "um evento que acontece uma vez a cada 100 anos".
O governador da Louisiana, John Bel Edwards, disse hoje em entrevista coletiva que 8 mil pessoas permanecem em refúgios e que, além das 20 mil pessoas resgatadas, mais de mil animais de estimação também tiveram que ser evacuados.
Edwards informou que o número de desaparecidos nas inundações ainda é desconhecido, o que pode fazer com que o número de mortos aumente nos próximos dias.
Além disso, cerca de 34 mil casas estão alagadas ou não têm fornecimento de energia elétrica, o que piora a situação para os que não foram resgatados e agora não dispõem de luz e eletrodomésticos.
A pior das precipitações, que deixaram dois metros de água em poucas horas, foi na região sul conhecida como Bayou, uma área pantanosa banhada pelo rio Mississipi.
Um terço de todo o condado de Ascension Parish, entre Baton Rouge e Nova Orleans, segue debaixo d'água, depois que vários diques transbordaram devido ao aumento do nível das águas, algo que lembra o desastre do furacão Katrina em 2005, que deixou cerca de 2 mil mortos.
"As próximas 24 e 48 horas vão servir de indicador de quanto risco persiste no condado", afirmou em comunicado Rick Webre, diretor de segurança de Ascension Parish.
Por enquanto, grande parte das áreas atingidas seguem inundadas, mas espera-se que as águas retrocedam lentamente, enquanto milhares de pessoas continuam em abrigos, alguns improvisados como o estúdio de televisão Celtic.
O governo federal declarou o estado de desastre pelas fortes chuvas, que apesar de fazerem os diques transbordarem, não parecem ter causado rompimentos ou falhas em válvulas de escoamento de inundações, que não funcionaram durante o Katrina.
Texto atualizado às 17h54
Fonte:EFE
Reditado para:Noticias Stop 2016
Fotografias:Getty Images / Reuters
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