Militantes LGBTI denunciam retrocesso de direitos na Europa

Desde os anos 1990, muitos países adotaram leis que autorizam o casamento entre pessoas do mesmo sexo ou que permitem aos transexuais escolher seu gênero com efeito legal.

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segundo membros da comunidade LGBTI reunidos neste fim de semana no Chipre.

Desde os anos 1990, muitos países adotaram leis que autorizam o casamento entre pessoas do mesmo sexo ou que permitem aos transexuais escolher seu gênero com efeito legal.

Mas os membros da comunidade LGBTI, reunidos em Nicósia para a conferência anual europeia da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersex (ILGA, em inglês), advertiram contra o aumento da corrente reacionária e dos discursos de ódio, que têm levado a um maior número de ataques contra este grupo.

Na Polônia, em especial, os ataques contra os LGBTI dispararam desde a chegada ao poder, há um ano, dos conservadores do partido Direita e Justiça, segundo a associação polonesa “Campanha contra homofobia” (KPH).

O governo criou um clima de medo, com a demissão defuncionários que promovessem os direitos dessas pessoas, afirmou Agata Chaber, à frente da KPH.

Desde o início do ano, os escritórios de sua associação foram atacados em várias ocasiões com tijolos e garrafas, lamenta.

Em março, três homens entraram no local à força e, do lado de fora, já gritavam frases homofóbicas. Foi “o pior incidente vivido em 15 anos de existência” da KPH, disse Chaber à AFP.

Uma pesquisa realizada na Polônia em 2014 – a mais recente a respeito do tema – mostrou que 70% das pessoas questionadas acreditam que as relações homossexuais são inaceitáveis.

“Quando as autoridades de um país […] mantêm um discurso que estimula o ódio, as pessoas não recebem apenas comentários maldosos no Facebook. Chega um momento que isso se transforma em violência física”, diz Chaber.

 

 

 

 

 

 

 

Fonte:AFP

Reditado para:Noticias Stop 2016

Fotografias:Getty Images / Reuters /EFE

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