A chanceler alemã, Angela Merkel, abre oficialmente as reuniões com um encontro com o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, na sede do governo.
O italiano também se reunirá com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Junker, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, e o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz.
O encontro é considerado emblemático por acontecer no Capitólio de Roma, onde foi assinado o Tratado de Roma em 1957.
A União Europeia (UE) se prepara para enfrentar momentos agitados com o reinício das negociações sobre a dívida grega, o referendo britânico sobre a proposta de sair da UE e as exigências da Itália para uma resposta comum à crise migratória.
Os controles nas fronteiras decididos por vários países europeus também provocam debate sobre o Tratado de Schengen, que prevê a livre circulação de pessoas em quase toda a UE.
A Áustria ameaçou adotar controles rígidos no túnel de Brenner, ponto estratégico que une o país à Itália, o que fragiliza ainda mais o projeto de integração continental iniciado há quase 60 anos.
"Esta crise é mais perigosa que a da moeda, o euro, nos últimos anos", advertiu o ministro da Economia italiano, Pier Carlo Padoan.
Com a chegada de mais de 28.500 migrantes desde o início do ano, a Itália voltou a ser a principal porta de entrada na Europa dos migrantes que atravessam o Mediterrâneo, depois do fechamento da rota dos Bálcãs e do polêmico acordo da UE com a Turquia.
Ao contrário dos anos anteriores, os migrantes não poderão prosseguir a rota para o norte da Europa. A Itália terá que aplicar o rigor imposto pela UE para a identificação dos viajantes, que não poderão solicitar asilo a outros países do continente.
Diante da crise, a Itália propôs à UE um plano, chamado "Migration Compact", centrado na ajuda aos países de origem dos migrantes e na cooperação com as nações de "trânsito".
O plano tem como objetivo obter um acordo com a Líbia similar ao assinado com a Turquia.
Na sexta-feira, Angela Merkel terá uma audiência privada com o papa Francisco no Vaticano, antes da entrega ao pontífice, em uma cerimônia oficial, do prêmio Carlomagno por sua "contribuição à unidade europeia".
O tema dos migrantes certamente será abordado no discurso do papa, que receberá o prêmio das mãos de Merkel e dos presidentes da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker; do Parlamento Europeu, Martin Schulz, e do Conselho da UE, Donald Tusk, todos agraciados com o prêmio em anos anteriores.
Fonte: REUTERS
Reditado por:STOP 2016
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