Rússia.
"No que diz respeito a armamento, acho que deveríamos apoiar os ucranianos com o que eles precisam para defender com sucesso seu território e soberania", indicou Scaparotti em entrevista coletiva junto com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.
"Tenho que avaliar que armas são melhores, que capacidades eles podem utilizar e complementar suas forças hoje", completou o comandante da Otan para Europa quando perguntado sobre a crise da Ucrânia.
Scaparrotti tomou posse como novo comandante supremo do órgão para a Europa substituindo seu compatriota, o general Philip Breedlove, em cerimônia realizada em um quartel-general militar aliado perto de Mons, no sul da Bélgica.
A cerimônia foi presidida por Stoltenberg e contou com a participação de representantes dos 28 países-membros da Otan.
O novo comandante supremo da Otan para a Europa destacou que a Rússia esteve "muito ativa" no leste da Ucrânia e afirmou que "não vê indicação" de que isso irá mudar no curto prazo.
"Estão ativos com muitos meios, não só militares, mas também em nível de informação para minar a estrutura política. Acredito que isso é muito representativo sobre o tipo de atividade que estão realizando em outras áreas também", afirmou.
Scaparrotti também foi perguntado hoje sobre o anúncio do ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, que disse que seu país deslocará três novas divisões militares antes do fim do ano para "resistir ao aumento de forças da Otan" perto da fronteira.
"A Otan respondeu às ações agressivas da Rússia na fronteira leste da Ucrânia. Acredito que deveríamos manter a comunicação para garantir que não tenhamos um acidente ou um erro de cálculo, mas eu reforçaria isto dizendo que espero que eles se adequem às normas e leis internacionais. Até então, essas comunicações provavelmente serão limitadas", explicou o novo comandante supremo.
Por sua vez, Stoltenberg afirmou que o anúncio do Kremlin faz parte do modelo visto há vários anos, já que, desde 2000, "a despesa russa em defesa triplicou em termos reais".
"O mais importante é que vimos a vontade da Rússia de utilizar força militar na Europa contra um país soberano independente, anexando ilegalmente a Crimeia e desestabilizando o leste da Ucrânia", acrescentou o secretário-geral da Otan.
Para Stoltenberg, a reação da Otan diante de tal circunstância foi "defensiva, proporcional e completamente em linha com nossas obrigações internacionais".
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