No texto, a ONG pede aos países ricos que façam um esforço e que aceitem pelo menos 10% dos 4,8 milhões de refugiados sírios registrados na região.
Hoje, os países ricos reinstalaram apenas 67.100 pessoas, ou 1,39% dos refugiados, segundo a organização.
A Oxfam publicou seu informe na véspera de uma conferência internacional promovida pela ONU em Genebra, quando os países têm de prever lugares para reinstalar os refugiados sírios.
A grande maioria permanece nos países próximos quando o conflito chega a seu sexto ano.
O objetivo da conferência da ONU é conseguir "compartilhar a responsabilidade global" derivada da crise dos refugiados, provocada pela guerra nesse país. Já são mais de 270.000 mortos.
Segundo a Oxfam, apenas três países ricos - Canadá, Alemanha e Noruega - fizeram mais do que lhes cabia em matéria de acolhida permanente de refugiados.
Outros cinco países - Austrália, Finlândia, Islândia, Suécia e Nova Zelândia - também se comprometeram a fazer 50% mais do que sua parte. Já os 20 países restantes examinados pela Oxfam estão abaixo das expectativas.
Os Estados Unidos se comprometeram com 7% dos quase 171.000 considerados sua parte. Até agora, o governo americano reinstalou 1.812 refugiados sírios e indicou que assumirá mais 10.000.
Holanda também beira os 7%; Dinamarca, 15%; e Grã-Bretanha, 22%, segundo a Oxfam.
De acordo com a diretora da Oxfam, Winnie Byanyima, "os países com economias fortes, serviços eficazes e infraestruturas desenvolvidas, podem reinstalar de imediato meio milhão de refugiados, se assim decidirem".
Byanyima destacou que, no Líbano, um em cada cinco habitantes é um refugiado sírio e, na Jordânia, um em cada dez.
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