No fim do dia de sábado 11 de novembro, o Primeiro-ministro português António Costa admitiu sentir-se "envergonhado" pela descoberta de dinheiro em envelopes no escritório do seu ex-chefe de gabinete Vítor Escária, que demitiu na quinta-feira 9 de Novembro.
Numa mensagem televisiva aos portugueses, desde a residência em São Bento, António Costa pediu desculpa e garantiu que cabe à justiça "investigar e punir".
Sem me querer substituir à justiça, em que confio e que respeito, não posso deixar de partilhar com os meus concidadãos que a apreensão de envelopes com dinheiro no gabinete de uma pessoa que escolhi para comigo trabalhar, mais do que me magoar pela confiança traída, envergonha-me perante os portugueses e aos portugueses tenho o dever de pedir desculpa.
Vítor Escária, que iniciou as funções de chefe de gabinete do primeiro-ministro em 2020, foi detido para interrogatório na terça-feira e nas buscas judiciais ao seu gabinete na residência oficial de São Bento foram apreendidos 75.800 euros.
Poucas horas depois, António Costa exonerou Vítor Escária das funções de seu chefe de gabinete e nomeou para este lugar o major general Tiago Vasconcelos, até agora assessor militar.
O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa convocou eleições antecipadas, a 10 de Março de 2024, na sequência da demissão do Primeiro-ministro, devido a suspeitas de corrupção e tráfico de influência que envolvem vários membros do actual Governo e negócios de lítio e hidrogéneo verde.
Fonte:da Redação e da RFI
Reeditado para:Noticias do Stop 2023
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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