"Os intensos bombardeios aéreos russos, em sua maioria contra os grupos da oposição na Síria, minam os esforços para encontrar uma solução política ao conflito", disse Stoltenberg ao chegar a uma reunião de ministros de Defesa da União Europeia de Amsterdã.
"A cada vez mais importante presença russa, a atividade aérea na Síria também está aumentando as tensões", em particular com a Turquia, que em novembro derrubou um caça-bombardeiro russo em sua fronteira com a Síria, disse.
A Força Aérea russa realizou em apenas três dias, entre 1 e 3 de fevereiro, 237 saídas aéreas, contra 875 "alvos terroristas" nas regiões de Aleppo (norte), Latakia (noroeste), Homs (centro), Hama (centro) e Deir Ezzor (leste), afirmou na quinta-feira o ministério da Defesa russo.
Esta ofensiva teria permitido na quarta-feira ao exército sírio "junto a grupos de voluntários", segundo o ministério russo, "desalojar os rebeldes de suas posições e libertar as localidades de Nebbol e Zahra, sitiadas há quatro anos" ao norte de Aleppo.
A operação também permitiu às forças de Bashar al-Assad bloquear a principal via de abastecimento dos rebeldes com a Turquia.
Em paralelo, em Genebra as negociações de paz foram suspensas também na quarta-feira. A oposição síria ameaçou não voltar à mesa de negociações se suas demandas não forem cumpridas antes, entre elas o fim dos bombardeios.
Na quinta-feira, o secretário de Estado americano, John Kerry, pediu que a Rússia detenha seus bombardeios, em uma franca conversa telefônica com seu colega russo, Serguei Lavrov.
A França também pediu o fim dos bombardeios, mas a Rússia, principal apoio do regime de Bashar al-Assad, a quem ajuda militarmente em terra desde setembro, se recusa a colocar fim a sua intervenção militar.
As Nações Unidas estimam que 500.000 pessoas vivem em estado de sítio na Síria, onde a guerra deixou 260.000 mortos desde 2011.
Fornecido por: Da AFP 2016 ( STOP )