O Reino Unido teve de cancelar o primeiro voo de repatriamento de migrantes ilegais para o Ruanda, isto após uma intervenção de última hora do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
O Tribunal Europeu de Direitos Humanos impediu sobretudo a deportação de um migrante originário do Iraque, poucas horas antes de sair o primeiro voo com destino ao país africano.
Isto porque o requerente iraquiano não deve ser deportado para o Ruanda até três semanas após a entrega da decisão interna final no seu processo judicial em curso.
Fracasso da iniciativa britânica
Do número inicial de 37 pessoas a bordo desse avião, só restavam 10, tinha indicado a organização humanitária Care4Calais.
O Reino Unido queria enviar migrantes, que chegam ilegalmente ao Reino Unido, para o Ruanda para desencorajar as travessias perigosas do Canal da Mancha organizadas por traficantes.
130 pessoas foram avisadas até agora que seriam transportadas para o Ruanda, onde terão de ficar enquanto os pedidos de asilo são avaliados.
Mas o plano foi condenado por partidos, líderes religiosos e dezenas de organizações, incluindo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados.
Apesar de receber luz verde da justiça britânica, o Ministério do Interior já tinha acabado por recuar em vários casos devido aos processos levantados em tribunal.
Durante o passado fim-de-semana, o jornal ‘Sunday Times’ revelou que o próprio príncipe Carlos terá descrito a medida como “horrível”, antecipando as críticas durante uma reunião da Commonwealth na próxima semana em Kigali.
Fonte:da Redação e da RFI
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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