Num país famoso pela sua alta cozinha, queijos deliciosos e baguetes icónicas, um humilde muffin de chocolate tornou-se o centro das atenções nos Jogos Olímpicos de Paris.
Tudo começou no dia 26 de julho, quando o nadador norueguês Henrik Christiansen publicou um vídeo nas redes sociais em que classificava as refeições que tinha comido na Aldeia Olímpica.
O atleta, que já competiu este ano nos 800 metros livres masculinos e voltará a fazer ondas nos 1500 metros livres masculinos a 3 de agosto, deu à massa com molho pesto e espetadas de porco 7 pontos numa escala de 1 a 10. Os bolinhos de camarão e gyozas de frango recberam 8 pontos.
Mas foi um humilde muffin de chocolate que recebeu a pontuação máxima: 11/10.
E assim nasceu uma lenda.
Desde o seu primeiro vídeo dedicado à comida, Christiansen publicou mais de 10 vídeos dedicados ao muffin de chocolate da Aldeia Olímpica - e as pessoas não se fartam.
Num vídeo especialmente popular, que acumulou mais de 8,5 milhões de visualizações, um colega de equipa brinca: "Parece-me que só estás aqui por causa dos muffins de chocolate", antes de a câmara mostrar Christiansen a devorar um dos muffins. "O quê?", respondeu o desportista com chocolate espalhado na cara.
Noutra publicação, Christiansen é apanhado a roubar muffins de um esconderijo secreto ao pé da sua cama. E num terceiro, ele proclama orgulhosamente: "DECLARO-ME O HOMEM OLÍMPICO DOS MUFFINS".
Mas Christiansen não está sozinho nesta febre dos muffins. Muitos outros desportistas, incluindo as nadadoras Enkhkhuslen Batbayar, Freya Anderson e Jasmine Schofield e a ginasta filipino-americana Aleah Finnegan, aderiram ao movimento.
"Compreendo o entusiasmo por estes queques de chocolate na aldeia", legendou Finnegan no seu TikTok, reagindo a uma dentada com entusiasmo.
O mistério dos muffins
Quando a febre dos queques atingiu o auge, surgiu rapidamente uma caça ao tesouro em linha. Os fãs estavam desesperados para conseguir comer o doce que se tinha tornado um dos temas de conversa da Aldeia Olímpica.
A Sodexo Live, a empresa francesa de catering que serve a Aldeia Olímpica, manteve-se muito reservada quanto à receita exata e à origem do petisco.
Contactada pela Euronews, a empresa não respondeu às nossas perguntas.
Suspeito... O que é que eles podem ter a esconder?
O mistério em torno da origem do queque levou os investigadores online a entrar em ação. Alguns tentaram identificar o fornecedor exato do muffin, enquanto outros experimentaram as suas próprias receitas numa tentativa de replicar a saborosa guloseima.
No entanto, e após uma enxurrada de bisbilhotices online e conspirações loucas, o mistério foi resolvido.
O fornecedor francês de produtos alimentares Coup De Pates recorreu ao LinkedIn para revelar a verdade: os famosos muffins olímpicos são o seu "Maxi Muffin Chocolat Intense".
"Sabíamos que o nosso Maxi Muffin Chocolat Intense era algo especial... mas não esperávamos que provocasse uma tal tempestade de chocolate!", afirmou a empresa.
E com isto, o caso está oficialmente encerrado. O mundo pode finalmente ficar descansado - embora não possamos deixar de esperar que Henrik Christiansen consiga um contrato de patrocínio chorudo com a Coup de Pâtes, ou pelo menos um fornecimento vitalício dos seus muffins de chocolate. Afinal de contas, ele é o homem dos muffins.
Fonte:da Redação e da Euronews
Reeditado para:Noticias do Stop 2024
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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