O atual chefe da bancada do MDM no Parlamento moçambicano venceu a corrida à presidência do MDM como cerca de 88% dos votos, contra cerca 10% de votos para Silvério Ronguane, que ficou em segundo lugar.
O novo líder do "galo" tomou posse ainda na manhã deste domingo. No ato, Simango jurou defender "um Moçambique para todos", o lema do partido.
"O nosso movimento tem sido uma grande escola da democracia, somos os promotores da inclusão, somos um partido político que quebrou a bipolarização em Moçambique", afirmou.
Oposição interna
Entretanto, Silvério Ronguane candidato derrotado, disse estar satisfeito com resultado por si obtido nesta corrida e congratulou Lutero Simango, a quem pede para imortalizar os ideais do antigo presidente, Daviz Simango.
"O meu sentimento é de alegria porque saio aqui com 10%, portanto é um resultado maravilhoso", considerou Ronguane, agradecendo aos seus simpatizantes por acreditarem nele.
Ronguane deixou uma certeza para o partido: "Estou agora disponível para liderar a oposição dentro do partido MDM na minha qualidade de segundo candidato mais votado". O objetivo é que os ideais que defende "continuem de pé" e sejam postos em prática, sublinhou o também deputado do MDM no Parlamento moçambicano.
Desistência de José Domingos
José Manuel, que dirige até à data o secretariado-geral do partido, optou por retirar-se da corrida pouco antes do início da votação "para salvaguardar os interesses dos moçambicanos através da democratização interna no partido", segundo justificou o seu mandatário Vasco Abrão.
Abrão entende que com a retirada da candidatura de José Domingos "quem saiu a ganhar é o partido".
"A nossa candidatura visava garantir a continuidade dos ideais de Daviz Simango, que nos ensinou a sermos tolerantes. É na senda desses ensinamentos que nós achamos que não havia condições para a continuidade da nossa candidatura", explicou Vasco Abrão.
O mandatário de José Domingos denunciou, no entanto, que havia uma candidatura que a todo o custo queria vencer. "Para o bem do MDM, para o bem da continuidade do MDM, nós decidimos desistir desta candidatura, porque nós entendemos que o povo moçambicano que ainda continua a inspirar confiança no partido merece respeito", frisou.
Segundo Abrão "a melhor maneira de respeitar este povo é garantir que a democraticidade interna possa fluir no MDM e sobretudo garantir que o Movimento Democrático de Moçambique continue a ser aquele partido que os moçambicanos sempre sonharam que seja o partido da esperança deste povo".
Assim, Lutero Simango sucede ao seu irmão mais novo, Daviz Simango, na liderança do MDM e e torna-se o segundo presidente desta formação política moçambicana, desde a sua fundação em 2009.
O Movimento Democrático de Moçambique estava sem presidente desde fevereiro passado, depois da morte por doença do seu então líder fundador, Daviz Mbepo Simango.
Fonte:da Redação e da dw
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
Outras fontes • AFP, AP, TASS
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