uma dívida pública calculada em 11,64 mil milhões de dólares.
“Em relação a criação da comissão parlamentar de inquérito que vai averiguar a dívida pública, temos a dizer que será criada logo que as condições legais estiverem reunidas”, disse Verónica Macamo, momentos antes do término da segunda sessão extraordinária da AR.
Verónica Macamo manifestou a sua satisfação pelo consenso de todos os deputados da AR durante o debate no primeiro dia da sessão extraordinária havida na quarta-feira sobre a dívida pública, bem como da criação da comissão parlamentar de inquérito.
“Nesta sessão a pretensão foi assumida pelas três bancadas parlamentares”, afirmou.
Efectivamente, a deputada da bancada parlamentar da Frelimo, partido no poder, Francisca Domingos Tomás, reiterou a necessidade de se criar uma comissão parlamentar de inquérito, com efeitos imediatos, para permitir que sejam conhecidas as razões que levaram a Empresa Moçambicana do Atum, EMATUM, a Mozambique Asset Management (MAM) e a Proindicus contraírem a dívida.
“É pertinente que a Assembleia da República crie uma comissão de inquérito para trazer os resultados que estão na origem da dívida pública”, disse Domingas Tomás, durante a sua intervenção.
Juliano Picardo, deputado da Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique, defende a criação de uma comissão parlamentar mista, para que a interpretação das soluções não crie divergências.
O deputado Armando Artur, da bancada parlamentar do Movimento Democrático de Moçambique, MDM, o segundo partido da oposição, sustenta que o governo deveria solicitar uma auditoria forense internacional para garantir uma maior transparência.
“Nós, bancada parlamentar do MDM exigimos uma auditoria forense internacional por forma a não deixar escapar nenhuma outra dívida que possa existir”, disse.
A sessão extraordinária foi convocada pela Presidente da AR para dar uma oportunidade ao governo de esclarecer os contornos da dívida pública do país que levou vários países, bem como o Fundo Monetário Internacional a suspender a sua assistência financeira a Moçambique.
Fonte:Rm.co.mz
Reditado por: Stop Noticias 2016