Angola e Arábia "batidas" pela Rússia na lista dos maiores fornecedores da China

Angola e Arábia "batidas" pela Rússia na lista dos maiores fornecedores da China

Economia
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preferências do gigante asiático.
A China é, entre os produtores de petróleo, o mercado mais apetecível e disputado devido ao consumo em larga escala e de forma permanente, facto que, durante alguns anos, deu visibilidade ao petróleo de Angola que, embora circunstancialmente, chegou mesmo a liderar esta lista de fornecedores da China, onde a Arábia Saudita tem sido, de longe, líder nos últimos anos.
Actualmente, e com uma subida constante durante este ano, a Rússia enviou pouco mais de 45 milhões de toneladas de crude para a China até finais de Setembro, enquanto Angola superou a Arábia Saudita ligeiramente acima de um milhão de toneladas, 39, 9 contra 38,5, fazendo com que os analistas já admitam que o petróleo russo poderá consolidar esta tendência se, como se espera, no final deste ano somar 24 meses a liderar esta lista.
A importância deste ranking, para Angola, surge do facto de, com os seus, em média, 1,7 milhões de barris por dia (mbpd), o segundo, ou, de quando em vez, o maior produtor africano, se bater de igual para igual enquanto fornecedor da China, com o maior produtor mundial, a Arábia Saudita, com potencial que pode ir até aos 11 mbpd, e da Rússia, o 3º maior produtor mundial, com um horizonte que pode ser esticado até aos 10, 5 mbpd.
Este cenário de ascensão do petróleo russo nos maiores mercados mundiais, destacando-se a China e a Índia neste xadrez, ergue-se quando a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) mantêm em curso um esforço gigantesco de cortes na produção, ao qual se juntaram outros países, com destaque para a Rússia, México e Cazaquistão, para fazer subir o preço do barril nos mercados ao secar os mercados em 1,8 milhões bpd.
Esse acordo, conseguido em Novembro do ano passado, há cerca de um ano, levou a que os países signatários se comprometessem com cortes avultados nas suas produções, cabendo à Arábia Saudita a maior fatia, colocando um limite de produção entre os 6 e os 7 mbpd, enquanto, por exemplo, Angola assumiu um corte de 78 mil bpd.
Com este deve e haver ainda por fazer quanto ao verdadeiro esforço financeiro e quem mais ganhou ou perdeu com o acordo, ressalta deste cenário que a Rússia está a ganhar mercado aos concorrentes em alguns dos mercados mais apetecíveis, como é, desde logo, o chinês, mas também o indiano.
E esse não deverá ser um elemento fora da discussão que se aguarda para o próximo mês de Novembro, dia 30, quando passam precisamente um ano deste a assinatura do acordo que levou a OPEP + Rússia a cortarem 1,8 mbpd à produção global por forma a retirar o barril do atoleiro em que se encontrava em meados de 2016, tendo mesmo batido na casa dos 20 USD por barril em Fevereiro desse ano.

E isso foi conseguido, como o demonstra o preço a que está hoje a ser transaccionado em Londres o barril de Brent, que serve de referência às exportações angolanas, ultrapassando os 57 dólares norte-americanos.

Esta reunião da OPEP e não-membros em Viena de Áustria a 30 de Novembro próximo poderá ser decisiva para que o barril, como aguardam ansiosamente as economias mais dependentes, como é o caso de Angola ou da Venezuela, mas também a da Arábia Saudita e da Rússia, ultrapasse a barreira psicológica dos 60 dólares, o que poderá, segundo alguns analistas, fazer disparar o barril para a casa dos 80 USD, tendo em conta que as reservas oficiais das maiores economias não têm parado de descer, como é o caso da dos EUA, que perdem mais de 5 milhões de barris a cada semana que passa, em média.

A isto, junta-se ainda crise política e militar no Iraque e no seu Curdistão independentista, cuja produção da região de Kirkuk deixou de chegar aos mercados nas últimas semanas, juntando uns 500 mil bpd dia extra aos cortes da OPEP, o que deu ainda um maior contributo para o aumento do preço do barril.

Para já, e contrariamente ao que era estimado pelos analistas dos mercados, tanto os membros da OPEP como os não membros estão a cumprir com os cortes acima dos 100 por cento, como garantiu recentemente o ministro da Energia russo, Alexander Novak, sublinhando que os países da OPEP estão a cumprir a 100 por cento e os não-membros a 106 por cento.

Esta segurança no cumprimento das metas estabelecidas em Viena, no final de 2016, é um dos elementos mais destacados pelos analistas dos mercados no que diz respeito à solidez que está a ser demonstrada pelo acordo de cortes, porque, em acordos anteriores, o cumprimento nunca foi confirmado, sendo a realidade actual considerada histórica.

 

Fonte:da Redação e Por angonoticias.com
Reditado para:Noticias do Stop 2017

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